Meu pai, Lidio Faria, queria conhecer Lisboa. Então, ao chegarmos na Bilhetera (Bilheteria), pedi o desconto para idosos, na passagem de Comboio (trem). Então, o atendente olhou para meu pai, e autorizou mediante apresentação de Documento. Natural.
Havia uma cópia do Passaporte no Telemóvel (Celular). Entreguei-lho. E qual foi a pergunta imediata? "Não tem em papel?" Enfim, não obtivemos o desconto.
Não foi somente aí. Tivemos experiências parecidas, em outras situações. Até que um dia, no Mercado, pudemos usar as informações virtuais, para obter os descontos, e não o cartão-físico, necessariamente.
Isto comunica o quê? Que há alguma resistência as mudanças. E é natural, pois se trata de uma país de muitos anos. As mudanças num país mais jovem, são mais normais.
Aliás, faz parte da Marketing no Brasil, explorar o fator "Novidade", enquanto em Portugal, o argumento mais bem aceito, é o da "Tradição". (Obs.: sei que ambas estratégias, são usadas cá e lá. Falo daquilo que é mais natural.)
Aliás, quero associar o tema do "papelim" a realidade dos pontos turísticos, que remetem a História.
Os Museus foram citados no título da reflexão. Mas, caberia mencionar as Muralhas, os Palácios, os Castelos, as Praças, os Mosteiros, as Aldeias, os Monumentos, as Estações, ou cidades inteiras, como Guimarães - onde nasceu Portugal. Enfim, o Turismo em Portugal está, em muito, relacionado com a sua própria História.
Até as Praias, trazem informações históricas importantes, e naturalmente o Tejo. Aliás, este merecia uma capítulo à parte. Outro capítulo que merecia destaque são os Jardins.
Toda esta ligação com a História, ligada a Diversão, faz os pés ficarem na Tradição cada vez. Isto deve ser admirado, pois um povo que não valoriza o seu passado, corre o risco de se perder em seu futuro.
Instagram: @vacilius.lima
Foto: Parque Eduardo VII, ao pé da Marques de Pombal
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