As mães costumam ser especialistas em discernir a causa do choro infantil. Quando é pirraça, susto, expressão de dor, alegria, extrema timidez, chateação, estratégia para mudar o jogo etc.
O choro não é negativo. Ele pode ser um pedido de socorro. Também pode ser a oportunidade de liberação de tensões escondidas, que amarguram.
Não é fácil perceber quando merece colo, afago, cafuné. Há momentos em que precisa ser ignorado. Em outros precisam ser controlados. E algumas vezes atendidos.
O que não pode acontecer é atender os desejos de uma criança só porque ela chorou. Se já disse não, terá que mantê-lo. Num outro momento poderá atender ao pedido.
Qual o problema em atender a partir do "choro pedinte"?
A criança crescerá na ilusão de que basta chorar e tudo será resolvido. Algumas vezes, na vida toda pode funcionar, mas normalmente não.
Essa criança quando se tornar adulta e automaticamente se utilizar desse recurso, certamente se frustrará porque descobrirá que seu marido, patrão e professor não são seu papai, mamãe, titia, nem vovó - e eles estão longe naquele momento.
E descobrirá também ser enganoso o ditado: "Quem não chora, não mama", pois muitos são os que choram e não mamam.
Só há esperança para quem aprendeu a chorar dentro dos caminhos da justiça, pois esses - somente esses - serão consolados (Mt. 5.4).
Nenhum comentário:
Postar um comentário