Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween na Terra dos Pilgrims

Visitei o Navio Mayflower na Nova Inglaterra, e vi a herança incomparável deixada pelos "Pilgrims Puritanos". Quanta seriedade com o Evangelho, quanta renúncia, quantos princípios e valores.

Também tive surpresas desagradáveis por aquelas terras. Entre elas soube de Igrejas que se contextualizam a ponto de promoverem um "Halloween santificado".

É por isso que não podemos abraçar tudo que vem do "Novo Mundo".

Se não quisermos nos contaminar nesse dia 31 de Outubro, ele deve ser um tributo a história da Reforma Protestante, e a suficiência nas Escrituras, e não um momento de banalizar uma "brincadeirinha maligna".

Parece que o "dia das bruxas" está entrando para a agenda da Igreja, assim como o "natal romanizado".

A postura é pessoal: ou seguimos os passos de gente séria que fez História, ou de qualquer "gentinha" que anda levianamente envergonhando a História.

Hoje é Dia de Reformissão!

Como estamos escrevendo Atos 29? Sabemos que o livro de Atos vai até o capítulo 28 e que não há uma conclusão. Não há conclusão porque Atos trabalha a história da Igreja e nós somos a continuação dessa história. Como estamos escrevendo-a?
Vamos sugerir um caminho possível e desafiador:
Que tal aprendermos com o Movimento da Reformissão?
Esse movimento defende a seriedade doutrinária e os valores da Reforma Protestante e ao mesmo tempo entende que o Evangelho não é somente Teologia Sistemática em meio as suas elucubrações e discussões.
Eles dão ênfase a uma missão prática da Igreja, contextualizada e pertinente.
Hoje o movimento Atos 29 representa essa nova realidade e tem como expoente o Pr. Mark Driscoll de Seatle que tem ligação com John Piper, o "teólogo da alegria". E aqui no Brasil tem sua representatividade com a "Restore Brasil" que atende a comunidade mais carente.
E nós o que temos feito? Qual será o nosso legado histórico para as próximas gerações?
Que nesse dia 31 de Outubro - dia da Reforma Protestante - tenhamos uma postura "reformissional", a fim de que sejamos zelosos pela doutrina sem perder de vistas as boas obras  de maneira apropriada a comunidade onde estamos inseridos.

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

REFORMA: Muita Coisa Aconteceu Antes!

Até que acontecesse a oficialização da Reforma aos 31 de Outubro de 1517 muito sangue foi derramado.
Depois de seis Cruzadas aconteceu um dos episódios mais triste da história quando as crianças francesas e germânicas, lideradas por dois garotos, saíram contra os mulçumanos sob a suposição de que venceriam porque eram puras. Aquelas que não morreram foram mantidas como escravas no Egito.
O que houve de contribuição desse período para uma reforma futura foram os movimentos monásticos (franciscanos, domicianos, cavaleiros templários etc). 
O perfil dos monges, de todas as ordens, tinha em comum uma vida ascética e a dedicação aos estudos e a vida de oração.
Essa disciplina toda não foi suficiente para resolver a carência espiritual, inclusive de Lutero séculos mais tarde, o qual se refugiou num monastério.
Também houve Movimentos Leigos que precederam a Reforma: os albigenses tornaram o Novo Testamento a expressão legítima de sua fé e rejeitavam a autoridade papal como infalível, e por isso, foram perseguidos por uma Cruzada (1208).
Os valdenses puritanos que pregavam como leigos e o papa os proibiu (1184). Eles defendiam a Bíblia na mão de todo o povo e com autoridade final. Até hoje se reúnem no norte da Itália com mais de 35.000 crentes (registro dos anos 80).
Logo em seguida aos movimentos o escolasticismo ganhava força no desenvolvimento dos estudos e no surgimento da Universidade, o poder papal entrava em declínio (1309-1439), inclusive por conta da moralidade dos clérigos.
A queda do prestígio papal foi tão grande que houve um cisma: o norte da Itália, grande parte da Germânia, a Escandinávia e a Inglaterra seguiram o papa romano; a França, a Espanha, a Escócia e o sul da Itália preferiram se submeter ao papa de Avignon, na França.
A Reforma era evidente a essa altura, não só por questão de liderança, mas por finanças também: os impostos papais estavam se tornando um fardo para o povo europeu.
Houve também uma contribuição política, pois surgiram nações-estados, que se opunham a uma soberania universal do papa.
Os movimentos do Misticismo também deram a sua colaboração para a Reforma porque se levantou contra aquela postura mais racionalista e ao mesmo tempo se colocou como uma solução e alívio frente a tantos tempos atribulados: Peste Negra (1348-49) que dizimou um terço da população europeia; e a Revolta dos Camponeses (1381) na Inglaterra que era uma evidência de insatisfação social associada com as ideias de Wycliffe.
Somente após séculos e muitos movimentos é que vieram aqueles que consideramos os precursores mais diretos da Reforma:
João Wycliffe (c. 1328-1384), o estudante e professor de Oxford, desafiou o papa e os dogmas romanos defendendo que Cristo e não o papa é o líder da Igreja e tornou a Bíblia acessível ao seu povo, traduzindo-a para o inglês popular.
João Huss (c. 1373-1415) leu e adotou as ideias de Wycliffe. Huss foi queimado vivo numa fogueira, mas seu livro, De Ecclesia, foi salvo. Ele tentou reformar a Igreja da Boêmia (Tchecoslováquia).
Os discípulos de Huss (Taboritas) foram ainda mais radicais. Rejeitaram tudo o que não estivesse na Bíblia. Deles vieram os Unitas Fratum (Irmãos Unidos) ou Irmãos Boêmios no século XV, de onde mais tarde veio a Igreja Morávia que teve uma reunião de oração que durou 100 anos acompanhada de envios constantes de missionários pelo mundo.
Savonarola (1452-1498) se dedicou a Reforma da Igreja em Florença (Itália) e se levantou contra todo o tipo de vida desregrada. E o papa o condenou ao enforcamento.
Além desses movimentos e precursores também houve os Concílios Reformadores (1409-1449).
O Concílio de Pisa (1409) depôs o Papa Benedito XIII e Gregório XII, os quais não aceitaram o novo papa Alexandre V, ficando assim a inconsistência de três papas.
O Concílio de Constança (1414-1418) estabeleceu um outro papa, Martinho V, que passou a ser o único, mas nesse concílio substituiu o absolutismo papal pelo controle conciliar. O poder agora estava dividido e distribuído.
O Concílio de Basiléia (1431-1449) e Ferrara-Florença (1438-1449) foram concílios rivais. O primeiro foi reformista e pretendia dar continuidade ao movimento de John Huss, no entanto se enfraqueceu diante de Florença que trouxe o ressurgimento do poder papal.
Foi nessas idas e vindas, vitórias e aparentes derrotas, muitas controvérsias, mortes... que o poder papal se enfraqueceu e aos poucos homens de Deus, verdadeiros mártires, foram sendo levantados ao longo de séculos.
Afinal, o que foi a Reforma?
Um historiador católico romano a define como uma revolta, para um historiador secular ela foi um movimento revolucionário, mas para um protestante significa o retorno aos princípios do Novo Testamento.
Esse retorno se levantou defendendo o “sacerdócio universal dos crentes” contra o clericalismo (hierarquia engessada), o simonismo (venda de cargos eclesiásticos) e as indulgências (venda do perdão e da salvação).
O “sacerdócio universal dos crentes” se estabeleceu sob as seguintes bandeiras:
“Sola Scripture” – a suficiência plena das Escrituras.
“Sola Fides, Sola Gratia, Solo Christus e Soli Deo Gloria” – a glória de Deus a partir da exclusividade da fé e da graça na pessoa de Jesus somente.
A partir daí – de uma boa base – veio João Calvino como um pós-reformador, que muito e mais escreveu sobre a Teologia, lançando consistência e amplitude a compreensão das Escrituras.
O que dizer frente a essas coisas? Que o nosso Deus escreve a História. Ele mesmo vai tecendo cada decisão e se utilizando de cada confusão na instrumentalidade de servos entregues. Somente “A ele seja a glória pra sempre! Amém. Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas". (Rm. 11.36)
(Obs.: Esse texto foi desenvolvido a partir do Livro "O Cristianismo Através dos Séculos" de Earle Cairns)

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Por Que a Igreja Resolveu Buscar os Ricos?

Alguns dizem que a Igreja decidiu buscar os ricos porque eles também precisam de salvação. É verdade que eles precisam de salvação, mas buscá-los está relacionado com uma "motivação patrocinadora" normalmente.

Aliás, quando leio Jesus nos Evangelhos e na carta de Tiago vejo que a opção deve pelos pobres. E os ricos é que deveriam procurar ajuda, e como são orgulhosos, dificilmente entrarão no Reino dos Céus (Lc. 18.25).

O que vejo aqui é que os ricos que serão salvos são aqueles que se humilharem a ponto de procurar ajuda. Aqueles que são procurados e colocados em honra como se fossem a solução da Igreja podem ser mantidos e desenvolvidos no orgulho. 

Afinal não são eles que oprimem os pobres? Não são eles que os arrastam impiedosamente aos tribunais? Não são eles que difamam o nome do Senhor sem temor algum? Quem disse? "Papai do céu" na pena de Tiago (2.5-7)

Então os ricos é que deveriam buscar a misericórdia que não merecem, e os pobres é que devem ser buscados, priorizados, por misericórdia que nós mesmos não merecemos.

Ah, como a nossa agenda é diferente daquela que Jesus usava em seu dia-a-dia. Ah, como o planejamento a Igreja de Jesus é oposta ao Evangelho. Ah, como nós pastores desejamos estar cercados da "nobreza" e não percebemos que na Palavra que pregamos mais nobres são os desprovidos de estabilidade e riqueza.

O que estamos fazendo da Igreja frente ao Evangelho de Jesus?

A minha conclusão  das minhas últimas leituras do Evangelho é: "Se algum rico desejar ser salvo, que se humilhe. E será uma honra para ele ser recebido pela Igreja de Jesus, e não uma honra pra nós o fato dele ter vindo nos pedir ajuda. E qualquer colaboração que puder dar só será uma boa se ele entender que é miserável, pobre, cego e nu."


Liberdade! Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós!

O assunto aqui não é a Proclamação da República nem a Escola Imperatriz Leopodinense. A questão é a nossa relação com a Lei e o seu Legislador.

Alguém consegue obedecer a Lei completamente? Naturalmente que em algum momento tropeçará em algum ponto.

Quem tropeça em um item é melhor do que aquele que tropeça em muitos outros? Melhor para ele mesmo, mas aos olhos do Senhor a desobediência num ponto torna o transgressor culpado de todos (Tg. 2.10).

Não tem sentido? Não teria sentido se o olhar fosse na perspectiva do esforço pessoal e do mérito. Mais bem-aventurado seria quem se esforça mais e consequentemente maior recompensa teria.

E se o olhar fosse não em relação a Lei em si, mas fosse diante do Legislador? E se a perspectiva fosse não da obediência a uma lista de exigências, mas uma questão de relacionamento com quem legislou?

Quando o olhar é relacional e não meramente legal as coisas são difrentes. São diferentes porque quem erra em um ponto ofende aquele que legislou todos os outros pontos.

"Pois quem obedece a toda Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. Pois aquele que disse: "Não adulterarás", também disse: "Não matarás..." (Tg. 2.10-11)

Viu como a ênfase não está a princípio sobre a Lei, mas sobre o Senhor da Lei. Se a ética do Reino fosse cumprir exigências éticas apenas, haveria um servo melhor que o outro, mas a ética do Reino é do relacionamento de amor.

"A Lei do Reino encontrada nas Escrituras diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo..." (Tg. 2.8)

A essência não é quem mais obedece, mas sim quem mais ama; por isso gosto de pensar: "Quem mais ama, melhor obedece. E não simplesmente: mais obedece".

Essa compreensão nos torna livres. Livres para vivermos apenas por amor, sem legalismo. É a obediência voluntária, serva, prazerosa e alegre e não uma obediência cega, escrava e interesseira.

"Falem e ajam como quem vai ser julgado pela Lei da liberdade..." (Tg. 2.12).

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Eu Vou Ficar Bem!

Quem se olha apenas nas circunstâncias cai na desesperança.

Aquele que se olha na esperança, sabe que vai ficar bem.

E quem sabe que vai ficar bem... Não murmura, antes agradece.

Somente quem sabe que vai ficar bem... Não murcha até secar, antes se renova.

Todo aquele que sabe que vai ficar bem... Não se fecha, antes compartilha.

Quem sabe que vai ficar bem... Não desiste, antes enfrenta.

Somente quem sabe que vai ficar bem... Segue adiante, levanta a cabeça, e vence.

E então vai ficar parado aí?

Ministério Comparado a Circo? Ha, ha, ha...

Nesses últimos meses tive vários compromissos fora, mais perto, mais longe e bem mais longe. Foram muitos dias fora da igreja local. E nessas idas e vindas alguns brincaram: "O pastor está parecendo Circo".

Essa brincadeira me fez pensar se há alguma possível relação comparativa entre o ministério pastoral e um circo.

O que acontece num circo? Antes de tudo, o circo somente sobrevive porque todos os circenses renunciam a sua vida particular autônoma cuja decisão implica morar dentro do circo e acompanhá-lo para onde for.

Nesse quesito o ministério requer alta-renúncia. Inclusive as malas precisam estar prontas porque onde Deus mandar, irei.

Existe família circense? Sim. O circo permite que haja família. Casal e filhos podem se constituir no ambiente do circo, de forma que toda família esteja engajada.

Aí também me vejo. A nossa vida em casa está completamente voltada para a vida de Igreja e para o ministério. Pensar e decidir a respeito até do futuro profissional dos filhos passam pela questão ministerial, bem como falar sobre o futuro ministerial passa pelo assunto do futuro da família.

Uma família circense vive de acordo com a realidade da fama que aquele circo alcançou. Também vejo que a realidade da família do pastor não pode distoar da média em que vive o povo a quem pastoreia.

O circo não pára definitivamente. Ele pára por um tempo. Assim defino o meu chamado particularmente. Estou por um tempo e de repente é hora do "show" acontecer num outro canto do mundo - ainda que por alguns dias apenas.

Pensando bem... Não posso admitir brincadeiras desrespeitosas para com o ministério, mas não é que ele se parece mesmo com um circo. Ha, ha, ha.

Ei, espere aí! Eu já ia terminando, mas o ministério pastoral pode se parecer a um circo num sentido pejorativo. Aí não dá pra fazer piada.

O símbolo do circo é um palhaço e o símbolo da Igreja é o pastor. O que eles tem em comum? Nada, nada, nada. Mas, não existem "pastores-palhaços"? Infelizmente. Pastores cuja vida e ministério são uma verdadeira comédia.

Comédia porque falam de renúncia e investimento no Reino e acham que ninguém vai perceber que o reino a que se referem é o reino da vida particular deles e que a renúncia é só do povo.

Comédia porque acham que o povo todo continuará sempre ignorante e que nunca se cansará daquela "mesmice desnatada" e nunca sentirão falta de um alimento mais sólido.

Comédia porque fazem do Culto um grande espetáculo ao "admirável-público" e não um espaço de adoração ao Deus vivo.

Enfim existem sim os "pastores-palhaços" que precisariam compreender que até os verdadeiros palhaços trabalham duro, como servos, na vida do circo e não apenas andam de cara-pintada.

Se alguém ainda tem alguma dúvida é só olhar bem no meu rosto, no dia-a-dia.


sábado, 26 de outubro de 2013

O Bebê Veio Quando Parecia Tarde Demais!

25 de Outubro nasceu o Ían Estevan, filho dos missionários Natã e Tére - depois de muitos anos de espera e quando alguns já pensavam ser tarde demais.

É uma história linda. Eles adotaram dois lindos filhos (Paulo e Carlos). Na verdade eu acredito que milagrosamente são filhos deles mesmo - quero dizer: vindos de dentro deles, porque um é a cara da mãe e outra a cara do pai. E agora mais um para que - quem sabe - mesclar um pouquinho dos dois.

Estive lá na casa deles há dois anos e pude orar por isso também. As minhas orações somaram a outras milhares - durante vários anos, e Deus por misericórdia e bondade - depois de mais de uma década de esperança - algumas desesperanças - trouxe o fruto tão esperado.

Quando o Natã me ligou dando a notícia em primeira-mão e pedindo para que por alguns dias eu não divulgasse e apenas orássemos eu fiquei ansioso junto, e com alguns receios, porque já haviam perdido um outro bebê. Mas...

Realmente o Senhor, o Criador "Dá um lar a estéril, e faz dela uma feliz mãe de filhos. Aleluia." (Sl. 113.9)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O que é a Felicidade? Você é Feliz?

Felicidade seria um "estado de paz interior" independentemente das circunstâncias? Talvez.

Felicidade seria uma explosão de alegria diante de alguma realização? Talvez.

Felicidade seria a capacidade de se manter sorrindo vida adentro, vida afora? Talvez.

A felicidade não é definida por circunstâncias e experiências momentâneas. Talvez por isso o sexo, as drogas e o dinheiro se tornam os maiores enganos e acrescentam dores.

O conceito de felicidade é relativamente cultural, a princípio. Há culturas em que o nascimento é dia de choro e no dia da morte se faz festa.

Aqui no Ocidente quando alguém se casa se faz festa, mas os pais - normalmente da noiva - choram junto com ela. Dia feliz? Felicidade com lágrimas não só da despedida, mas de uma ruptura parcial.

No entanto, existe uma questão supra-cultural: a espiritualidade. A espiritualidade não é simplesmente sensação de paz. Não é rezar um mantra, uma oração, desfrutar de uma serenidade na alma, entrar em harmonia com a natureza, cumprir rituais.

Espiritualidade que proporciona paz, a paz perdida por causa do pecado, a paz do relacionamento com Deus, a paz da retomada da amizade perdida com Ele, somente pode ser encontrada em Jesus. Sabe por quê?

Porque Jesus é o mediador entre Deus e os homens, entre você e Deus (1 Tm. 2.5). Aí é só na suficiência do Evangelho de Cristo. Somente Jesus pode re-ligar o homem a Deus, restabelcer a amizade perdida. Aí mora a felicidade.

Felicidade de estar em harmonia não apenas com o Universo, mas com o Criador do Universo.

E de presente o que mais? Ele pode proporcionar felicidade outras. O que é bom, mas não é determinante para a "felicidade supra-cósmica-espiritual-reconciliatória".

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Ele "Treinou" Pra Cuidar Dela

Hoje, todos nós aqui de casa fomos lá para Atibaia, estivemos na casa do Pr. Ary Nogueira e D. Jean. O que fazer diante de pessoas tão mais maduras? Orar. Orar juntos. Foi pra isso que fomos, e como prêmio aprendemos... Vimos boas lições.

Dentre elas vi ali um homem robusto, completamente lúcido e disposto; somado a muita experiência, de mais de 80 anos de vida, dos quais 60 anos passou ensinando, e poderia seguir fazendo o mesmo.

Mas, agora tem rejeitado convites porque entende que deve dar atenção exclusiva a esposa, cuja enfermidade é Alzheimer. Fiquei admirado e ao mesmo tempo entendi - não só a situação - como também a razão das Escrituras.

Elas argumentam, a partir da Teologia Paulina, que o homem casado se ocupa de como agradar a esposa enquanto o solteiro pode mais se dedicar a Igreja porque está livre (1 Co 7.32-33).

Como as coisas não param naquilo que vemos, mas naquelas que nossas reflexões nos levam, pude pensar...

Se ele não estivesse "treinado" por décadas será que consegueria hoje sofrer tanto, como servo de Deus servindo a esposa, sem nada receber em troca?

Você tem treinado bem? Não sabemos quais privações ainda precisaremos passar.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Cruz Vem Antes da Alegria

Antes do sol raiar, a noite escura. Antes da saciedade, a fome. Antes do sorriso de um bebê, as dores de parto. Antes da alegria vem a Cruz.

Somente hoje atentei para Hebreus 12.2 nessa perspectiva. Está escrito: "Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz...".

"Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito..." (Is. 53.11a)

A vida é bela, mas antes da flor desabrochar a sua semente precisa morrer na terra.

O que queremos? Frutos sem plantação? Prosperidade sem trabalho? Família feliz sem renúncia?

Jesus é o nosso modelo e ele assumiu a Cruz pela alegria que lhe estava proposta. A proposta: a alegria; o caminho: a cruz.

Então assuma a cruz em todas as suas implicações e fique tranquilo que depois dela a recompensa virá.

Você Hoje Define Você Amanhã?

Frutos verdes hoje, amanhã maduros. Maduros hoje, amanhã apodrecidos. Apodrecidos hoje, amanhã doces deliciosos. Doces deliciosos hoje, amanhã excremento.

Nem tudo que hoje é, amanhã será o mesmo.

Se por um lado colhemos o que semeamos não podemos absolutizar: "O que sou hoje sempre serei".

Hoje você pode estar muito triste, mas a alegria ressurgirá. E se está feliz precisa se preparar para dias de lutas.

Se hoje é dia de glórias, amanhã poderá ser de bastidores. Se hoje bastidores, a honra poderá vir a qualquer momento.

Enfim, a razão de pensar assim é que precisamos viver com os dois pés calçados, um de esperança outro de vigilância.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sem Nada Pra Falar; Com Alguma Coisa Pra Escrever

Escrever se parece com falar. Quando a gente não tem nada a dizer, deveríamos não escrever, assim como devemos ficar calados?

O silêncio é um bom caminho, mas pode ser preciso dizer que não temos nada pra dizer, e essa "fala-da não-fala" se torna a fala que mais interessa.

Por que achamos não ter nada pra falar?

Porque queremos um tempo a sós. Achamos não ter nada a dizer porque não importa aos outros o que temos para o momento.

Então resolvemos escrever. Sabe por quê?

Porque "tinta e papel" sabem ouvir sem questionar.

A escrita nos permite gritar sem ser ouvidos.

Ela nos permite emoções que outros olhos não vêem.

Escrever é contar pra si mesmo, e depois olhar de fora, o que temos lá dentro - na alma.

Escrever é amizade consigo mesmo, e nos treina pra falar mais tarde com quem melhor se aproxima do papel, que nos permite imprimir nele e dele receber impressões.

Que tal escrever... se não deseja falar.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Bens Antes Confiscados; Agora Surrupiados!

Os cristãos antigos sofriam o confisco dos seus bens, por causa da perseguição, e se alegravam porque sabiam possuir bens superiores e permanentes (Hb. 10.34).

Fiquei pensativo: "Já pensou se hoje a Igreja Brasileira da Prosperidade sofresse perseguição?" 

Quando falo "da Prosperidade" não me refiro apenas aos movimentos evangélicos da Teologia da Prosperidade, mas também aos cristãos que fazem parte de Igrejas historicamente sérias e que estão mergulhados no materialismo e no secularismo.

Hoje os pastores (uma boa parte deles) não estão preparando as "ovelhas de Cristo" para a Parousia (Segunda Vinda de Cristo). Eles estão surrupiando-as a medida que ensinam como colocar o coração nessa vida.

Queridos a nossa esperança está no Céu. Se temos esperança em Cristo apenas para essa vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (1 Co. 15.19) porque estaríamos diminuindo drasticamente o propósito e o poder do Evangelho.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Ditadura da Cultura "C"

O telefone toca e nos sentimos obrigados a atendê-lo (McLuhan já falou sobre isso). E os nossos e-mails? Achamos que temos obrigação em verificá-los. O mesmo acontece com o facebook. E quem está do outro lado também acha que temos obrigação. É assim que me sinto sobre esse blog: eu preciso escrever porque tem alguém que precisa ler.

Parece desrespeito se não estivermos "em dia".

Seria tão bom se sentíssemos o mesmo em nosso relacionamento familiar, em nossa vida devocional de leitura da Bíblia e da oração, até mesmo no chamado à proclamação do Evangelho.

O que realmente tem valor eterno? O que deveria ser prioridade?

Quanto tempo gastamos no facebook? Por que temos a sensação de que não há problema?

É que se tornou cultural. Alguém achava estar perdendo tempo quando se sentava numa roda-de-conversa onde histórias de "visagem" eram contadas, e muitos outros "causos"?

O que é cultural não questionamos; assumimos.

Por outro lado, a Bíblia que se manifesta a partir da cultura, também é contra-cultural. Ela nos educa para andarmos entre os limites da Bíblia e da cultura ao mesmo tempo, desde que não se contrariem.

Precisamos nos questionar sim; nos avaliar.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mamãe é Deus; é Deus Mamãe!

Havia ali quatro visões diferentes de uma mesma realidade, numa família grande, que teve visões de cavalos alados, num dia de Férias, num rio qualquer.

O rapaz que filma fica impactado. Ele viu a glória de Deus manifesta nas coisas criadas (Rm. 1.20). Ele repete: "É Deus, é Deus mamãe". Até a aparição do "cavalinho branco" é interpretada como sobrenatural.

Depois deita na rede. A impressão é de que está mesmo pensativo e impressionado. E por fim pega a câmera de volta e parece procurar algo mais, talvez o cavalo - possivelmente a Deus.

E tudo isso sem perder a perspectiva de que a "glória/onda" pode ser desfrutada: "Cadê a prancha?"

A mãe também vê a glória de Deus, mas diferente do rapaz, ela se posiciona como o profeta Isaías (6.1-5) numa postura de humilhação e reconhecimento do pecado e da santidade de Deus. Chega a se constranger por estar com pouca roupa.

E o rapaz da cerveja e a namoradinha do filmador? Eles não estão entendendo nada. Deixam Deus passar e nada percebem. Estão cegos (2 Co. 4.4).

Tem também a criancinha. Ela não está entendendo nada, mas quer muito saber. Ela se envolve e pergunta pra avó o que significa o arco-íris (Mc. 10.14).

E você? Se estivesse ali faria parte de que grupo?

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Agravantes na Crise Conjugal

Quando as coisas vão mal, elas podem piorar um pouco mais. Então medidas precisam ser tomadas.

Se o teu casamento encontra-se em dificuldades, você precisa tomar alguns cuidados:

1) Tome uma decisão radical em não desrespeitar, mesmo que o seu cônjuge mereça. Ninguém que pague o mal com o mal pode provar a intervenção divina.

Também é parte desse desrespeito: gritaria, xingamento, sarcasmo, ignorar, provocar, comparar, não assumir os próprios erros... Assim as coisas pioram ainda mais.

2) Não faças greve de sexo. Agir assim por vingança e retaliação é uma boa estratégia de exposição à tentação. É inscrever o casamento no caminho inseguro e perigoso da negativa vulnerabilidade.

Quem age assim se afasta ainda mais da possibilidade de intervenção divina porque está afrontando aquele que criou o corpo e deu-o ao seu cônjuge (1 Co. 7.1-4).

E sabe por que você deve evitar agravar as coisas ainda mais? 

Porque você continuaria infeliz e porque agravar a ponto de destruir completamente deixaria sua vida ainda pior, o que não glorifica a Deus e a a sua criação.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Lance no Mar do Esquecimento?

"Mar do esquecimento" é onde as coisas se perdem e se confundem anulando todo significado de "perturbação histórica".

Aquilo que intervia em nossa história perde a sua força enquanto "poder de intervenção" e ganha apenas uma "memória secundarizada", que não mais pode nos assustar.

Como alcançar essa condição "metafísica"?

O caminho não é fazer de conta. É enfrentamento, sem desculpas, reconhecimento dos próprios erros e perdão.

Somente assim o "mar do esquecimento" engolirá seus monstros e os fantasmas da nossa esquizofrenia e neuroses.

Nesses mares profundos precisamos da "esperança, a âncora da alma" (Hb. 6.19).

"Ó Deus, não há outro deus como tu, pois perdoas os pecados e as maldades daqueles do teu povo que ficaram vivos. Tu não continuas irado para sempre, mas tens prazer em nos mostrar sempre o teu amor. Novamente, terás compaixão de nós; acabarás com as nossas maldades e jogarás os nossos pecados no fundo do mar." (Mq 7:18-19)

Vontade de Deletar Alguém?

Você tem vontade de deletar alguém ou até um grupo de pessoas, que mais se parece um conluio contra a sua paz? É bom saber que não estou sozinho.

No entanto, tenho boas notícias. Hoje fui muito confortado. Sabe como? Comecei a enumerar gente boa de Deus que se encontra perto e "longe-perto" de mim.

Esses sim devem ser valorizados. Eles merecem a energia de nossa atenção.

Faça de alguns santos que há na terra o centro de suas atenções (Sl, 16.2).

Sabe outra coisa que me ajudou muito?

Entender que os judaizantes na vida de Paulo e os fariseus na vida de Jesus... são testemunhos de que o bem é aperfeiçoado na presença do mal.

E ainda há mais um "conforto-desafio": pessoas a serem deletadas sempre estarão diante de nós na possibilidade de sermos como Jesus, na prática da oração e do amor pelos nossos inimigos.

E então quer deletar? Deus dará o "enter" no tempo dele.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O que Nos Faz Ser Ouvidos Por Deus?

Você já pensou que Jesus foi ouvido por causa de sua reverente submissão?

"Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão." (Hb. 5.7)

Então o que move o coração de Deus não é o quanto oramos, nem a forma como oramos.

O quanto oramos só sensibiliza a quem ora. Quem ora "muito" corre o risco de achar que está agradando a Deus e que merece ser atendido. "Afinal não é todo mundo que costuma orar como eu!" (Poderia pensar alguém. Ao que Deus responde: "E?")

Orar "muito" impressiona aos homens, o que agrada a Deus é a perseverança.

E a forma como oramos? Também impressiona aos homens porque gera modelo e comparação. Deus olha os corações.

Qual a saída? Uma vida de "reverente submissão".

Oração só tem valor com submissão porque ela demonstra a fé verdadeira.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Não Subestime Seu Inimigo

O que fazer diante de uma emboscada? Melhor voltar ou enfrentar? Ou seria mais cômodo desconsiderar os perigos, fazer de conta que eles não estão ali?

Claro que não queremos desconsiderar os perigos, mas existe uma "inclinação de fuga" própria especialmente naqueles que, mais uma vez, estão sendo golpeados pelas mesmas circunstâncias, ou por alguma situação de surpresa na instrumentalidade de quem não esperamos que pudesse fazer isso ou aquilo.

"Não pode ser... Ele ou ela não seriam capazes de agir desse jeito. Ninguém pode pensar que ele ou ela faria tal coisa". Assim que costumamos pensar.

Ignorar os ardis de Satanás é falta de vigilância, e ele usa até quem a gente não espera (2 Co. 2.11).

Reconhecer os perigos todos, não só diretamente aqueles carregados de malignidade, é andar prudentemente. Mesmo aqueles perigos que partem de ingenuidade e de boas intenções.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Terceira Onda de Evangelização

Testemunhei pessoalmente da alegria em presenciar instrumentos do Senhor fazendo parte daquilo que os missiólogos chamam de "terceira onda de evangelização".

A segunda onda de evangelização começou na aldeia Bananal e região pelo missionário escocês Henrique Whittington em 1912.

Hoje os terenas estão promovendo a "terceira onda" indo a outras aldeias indíginas como missionários, sendo eles em maioria convertidos.

E sabe o que vi mais?

Eles estão se qualificando não apenas teologicamente, mas fazendo outras graduações.

Louvado seja o nosso Senhor que os escolheu não apenas para a salvação, mas também para a liderança de um novo tempo na obra missionária.

Tentação, Provação ou Disciplina?

O que você passa nesse momento? Já sabe se o sofrimento que amarga tem sido ataque do diabo, cuidado do Senhor generosamente lapidando você ou simplesmente sua correção (que faz parte de seu cuidado)?

Lembra de Jonas? Aquela tripulação foi instrumento de Deus para a sua disciplina. Tê-lo lançado ao mar não era ataque do diabo. E olha que eram pagãos.

Até os ímpios são instrumentos nas mãos do Senhor para a disciplina de seus servos.

E as perseguições que você sofre hoje? É coisa do inimigo ou cuidado do Senhor em sua vida?

A resposta está na integridade do seu coração. O que ele responde?

Garotos e Garotas Ganham Dinheiro

Esses jovens são da Igreja Presbiteriana do Bairro Amambaí em Mato Grosso do Sul.

Eu almocei e lanchei ao fim da tarde o que eles prepararam.

O envolvimento deles foi bem interessante, mas o que mais merece atenção é a razão pela qual eles trabalharam e ganham dinheiro:

Eles querem fazer uma viagem missionária. Não é esforço pra ir ao Acampamento, nem para algum outro passeio.

Energia, força, dedicação... são algumas das qualidades dos jovens, e por isso podem muito no Reino de Deus.

O que precisam é canalizar seus pontos fortes na vida da Igreja e na obra missionária. Claro que ações incentivadoras podem ajudar muito!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Gente Como a Gente

Estava de passagem para Campo Grande e resolvi tomar um café. Então segui a dica de um viajante: visitar a lanchonete dos funcionários no aeroporto de Guarulhos.

Foi uma experiência bem interessante não apenas pelo preço, mas especialmente porque ali estavam os comissários e comandantes também, misturados a todos os outros funcionários e a alguns curiosos como eu.

O que vi? Gente como a gente.

Comissários e comandantes rindo alto, fazendo gestos espalhafatosos, enfim sendo gente como toda gente. Ah, claro que alguns não riam nem eram simpáticos. Não era requisito pra entrar naquela lanchonete.

A  nossa comparação é automatica. Parece não se trarar daquela gente que nos serve durante o vôo, com aquela postura impecável.

O que isso nos ensina?

Toda gente é gente como a gente. É só tirar aquele rigor do "status quo".

E se toda gente é gente como a gente porque nos sentir menores diante de uns e maiores perante outros?

Que bom que nosso Deus não faz acepção de pessoas e assim nos ensina (Tg. 2.1-12)

Eles Fizeram Só Por Nossa Causa!

Chegamos lá na Aldeia Terena da Lagoinha e sabe o que esperava por nossa equipe? Um quarto, alias quatro quartos.

Eles se preparam para nos receber, pois esses quartos foram feitos especialmente pra nós.

Houve planejamento e investimento pesado.

O que aprender?

"Quão formosos são os pés dos que anunciam as boas novas". (Rm. 10.15) - Foi assim que eles nos viram.

Em nome do Grande Construtor e na representatividade de quem constrói vidas ali desde 82, Pr. Emílio, muito obrigado a todos que construíram as possibilidades de construirmos no Reino.

"E se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu lhes asseguro que não perderá a sua recompense." (Mt. 10.42)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Problema Não é Ter Problema!

Há coisas que são tão básicas e óbvias. Ter problema é uma dessas coisas. Quem não tem algo que incomoda e que precisa resolver? Quem não passa por dificuldades?

Então pare de ficar se colocando como vítima. Pare de achar que o universo converge contra você. Pare já - em nome do Senhor Jesus - de se considerar um azaradoAté porque "Bem-aventurado (mais que feliz) é todo homem que não anda segundo o homem, que desvia os seus passos dos caminhos daqueles que vivem pecando e que não coloca o coração na farra contra a Palavra do Senhor." (Sl. 1.1-2 - em palavras interpretativas)

Como você tem andado? A sua vida responde se você é "bem-aventurado". Creia nisso. Tudo coopera para o seu bem, se você ama a Deus.

E se não é assim em sua vida, não é questão de azar, mas de consequência. Que tal mudar o seu "destino". Percebe que ele está em sua mão?
 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

OS TERENAS E VOCÊ: A Questão da Terra e do Chamado!

Estou entre os índios Terenas. Eles – os indígenas no geral – olham pra terra com uma visão muito diferente da nossa. A terra pra eles não é um “produto comercializável”.


A terra pra eles sempre será “a Terra” porque nela está a história do povo. A história é o maior legado, e ela não se encontra nos livros, nem nos contos, primeiramente.

A história está escrita na terra, a vida está nela, por isso, “voltar ao pó” é um encontro, não uma tragédia.

Estou debaixo de uma mangueira bem grande e alta e acabou de cair uma manga bem lá de cima. Foi uma pancada. Caiu mais uma agora. Acho que vou tirar meu “not” daqui. Olhei pra um Terena e disse: “Olha o perigo!” Ele respondeu: “Olha o lanche!” Essa brincadeira reforça outra diferença: a terra pra eles não é uma ameaça, é providência.

Claro que estou tecendo impressões. Não é uma tese. E outra forte consideração é o que preguei na primeira noite de Congresso: “Sai da sua terra... E vai para a terra que mostrarei (Gn. 12.1)”. Trocar o que conhecia pelo que não conhecia... o que ele sabia pelo que Deus sabia...

Eles não ouviram naquele momento o que um “homem branco” ouviria. A cosmovisão deles não permitiria olhar como uma mera mudança. Eles podem trocar e negociar tudo, mas a terra é o chão da vida, ali.

O maior problema pra nós é assumir o desconhecido, pra eles é deixar o conhecido.

Agora, somente agora, eu comecei a entender a “retomada” próximo a Aldeia de Água Azul. Aí eu entendi o Cacique Alberto, um pastor que luta não pela invasão, nem por assentamento, mas pela retomada da terra – onde marcos antigos testemunham a favor deles.

Só agora entendi que o chamado de sair da terra é muito mais sério pra eles, que estão indo depois de mais de cem anos de evangelização entre os Terenas, como missionários para outras etnias, e a Funai não pode impedí-los. Aleluia!

“Sai da sua terra!” se o chamado é de Deus, mesmo que a terra pra você seja um terreno a ser vendido.