O assunto aqui não é a Proclamação da República nem a Escola Imperatriz Leopodinense. A questão é a nossa relação com a Lei e o seu Legislador.
Alguém consegue obedecer a Lei completamente? Naturalmente que em algum momento tropeçará em algum ponto.
Quem tropeça em um item é melhor do que aquele que tropeça em muitos outros? Melhor para ele mesmo, mas aos olhos do Senhor a desobediência num ponto torna o transgressor culpado de todos (Tg. 2.10).
Não tem sentido? Não teria sentido se o olhar fosse na perspectiva do esforço pessoal e do mérito. Mais bem-aventurado seria quem se esforça mais e consequentemente maior recompensa teria.
E se o olhar fosse não em relação a Lei em si, mas fosse diante do Legislador? E se a perspectiva fosse não da obediência a uma lista de exigências, mas uma questão de relacionamento com quem legislou?
Quando o olhar é relacional e não meramente legal as coisas são difrentes. São diferentes porque quem erra em um ponto ofende aquele que legislou todos os outros pontos.
"Pois quem obedece a toda Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. Pois aquele que disse: "Não adulterarás", também disse: "Não matarás..." (Tg. 2.10-11)
Viu como a ênfase não está a princípio sobre a Lei, mas sobre o Senhor da Lei. Se a ética do Reino fosse cumprir exigências éticas apenas, haveria um servo melhor que o outro, mas a ética do Reino é do relacionamento de amor.
"A Lei do Reino encontrada nas Escrituras diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo..." (Tg. 2.8)
A essência não é quem mais obedece, mas sim quem mais ama; por isso gosto de pensar: "Quem mais ama, melhor obedece. E não simplesmente: mais obedece".
Essa compreensão nos torna livres. Livres para vivermos apenas por amor, sem legalismo. É a obediência voluntária, serva, prazerosa e alegre e não uma obediência cega, escrava e interesseira.
"Falem e ajam como quem vai ser julgado pela Lei da liberdade..." (Tg. 2.12).
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