Foi assim... Dormi num barco e todos os dias
precisávamos soltar e puxar as cordas de travessa da proa e da popa, pois iam se
afrouxando por causa do aumento do nível da água.
Estava chovendo todos o dias, e muito. Pensei: só se
justifica pelas chuvas. Daí uma missionária da região me falou: “Não é por
causa da chuva em primeiro lugar. A chuva pouco influencia. Mesmo que não chovesse, haveria as cheias. Sabe por quê? Porque os
rios de Translação enchem de 6 em 6 meses e aqueles de Rotação enchem e voltam
ao normal todos os dias, inclusive com a diferença de minutos para obedecer ao
ano bissexto.
E acrescentou: “Muitos ribeirinhos ainda não acreditam
que as enchentes são provocadas porque a terra muda de posição e provoca uma
liberação muito maior de água nas nascentes.”
A outra experiência incrível da qual eu só havia
ouvido falar foi de encontrar um veio de água embaixo da terra, antes de cavar
é claro, com uma forquilha pontuda, flexível e não muito pequena. Vi e fiz.
Posicionei a forquilha com a ponta pra cima, comecei a andar, e um “imã” foi
entortando a ponta gradativamente para baixo, e ela – a ponta da forquilha –
encontrou o veio de água.
O que esses fenômenos lembram? Lembram que o Criador
estabeleceu leis naturais contra as quais não adianta o homem tentar mudar.
Outra boa lembrança é que as vivências permitem provar de uma sabedoria, que
também é natural e vem de Deus – e ainda: o senso comum, quando não folclórico,
pode ser tão sábio quanto a ciência.
Cabe encerrar com um tributo a sabedoria: “O Senhor me criou como o princípio de seu
caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade,
desde o princípio, antes de existir a terra. Nasci quando não havia abismos,
quando não existiam fontes de águas; antes de serem estabelecidos os montes e
de existirem colinas eu nasci. Ele ainda não havia feito a terra, nem os
campos, nem o pó com o qual formou o mundo. Quando ele estabeleceu os céus, lá estava eu; quando
traçou o horizonte sobre a superfície do abismo, quando colocou as nuvens em
cima e estabeleceu as fontes do abismo, quando determinou as fronteiras do mar
para que as águas não violassem a sua ordem, quando marcou os limites dos
alicerces da terra, eu estava ao seu lado, e era o seu arquiteto; dia a dia eu
era o seu prazer e me alegrava continuamente com a sua presença. Eu me alegrava
com o mundo que ele criou, e a humanidade me dava alegria.” (Pr. 8.22-31)
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