Hoje cedo eu testemunhei a emoção de um discípulo de Jesus. Ele disse: "Será que a gente merece? Será que a gente tem feito caminho reto?"
Por que disse com temor e tremor essas coisas?
A questão entre nós dois estava no Evangelho de Mateus (27.45-56). E a questão era a dimensão e as implicações da morte de Jesus.
"Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram. Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados." (Mt. 27.52)
Paramos aí e começamos a imaginar como foi isso. Como seria presenciar tudo? Imaginamos aquela terra com geografia de montanhas e rochas se partindo. Pensamos como seria encontrarmos pela cidade santos ressuscitados e pessoas que conhecemos.
Esse tremor e temor não nos permitiria fazer parte daquele grupo que interpreta ter Jesus chamado por Elias. Que grupinho! Mesmo diante de um quadro tão impressionante ainda consegue distorcer a realidade (Mt. 27.45-49).
Acredito que aquele discípulo-irmão que mencionei faria parte de outro grupo - daqueles que estão focados em Jesus como o grupo em que estava com o centurião e afirma crer em Jesus como Filho de Deus depois de ter sido impressionados. Aqui os terremotos e tudo o mais serviu como instrumento para apontar para Jesus. Não foram as coisas pelas coisas. Talvez alguns ficariam impactados apenas por elas enquanto esses aqui se maravilham com o próprio Jesus (Mt. 27.54).
Tem um outro grupo: o das mulheres. Nada diz sobre a possibilidade delas terem se importado mais com o terremoto e a ressurreição. Elas estavam tão concentradas em Jesus que o texto fala que observavam de longe como quem veio de longe para servir (Mt. 27.55).
Você faz parte de que grupo?
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