Depois que o Cristianismo se tornou a religião oficial do
Império com Constantino (380 d. C.)a Igreja se desviou. Depois de muitas
trevas, no período medieval, surgiu a Reforma Protestante (1517) que foi a
salvação da Igreja.
A Reforma Protestante foi um movimento para a purificação
da Igreja, mas não foi completa, e respeitando o contexto talvez nem pudesse
ter sido. Os reformadores foram instrumentos de Deus para se levantarem,
doutrinariamente, contra as indulgências, que era uma prática de valorização
das boas obras em favor da Igreja, para a compra da salvação.
O foco contra as boas obras foi tão forte que Lutero
chegou a questionar a inspiração divina da carta de Tiago. Ele via contradição
entre a teologia paulina da justificação pela fé e da teologia prática das boas
obras de Tiago.
Antes de uma crítica respeitamos aquele contexto. Eram
necessários homens para “salvar” a sã doutrina.
Hoje estamos numa outra realidade. Podemos ter o ponto de
equilíbrio, pois podemos olhar para séculos de História da Igreja e aprender.
A Reforma Protestante inclusive deve ser imitada.
Precisamos resgatar a consciência de “Sola
Gratia, Solo Christus, Sola Fides, Sola Scriptura, Soli Deo Gloria”. A
Igreja de nossos dias está precisando de uma Nova Reforma. Uma reforma de
retorno à sã doutrina. Por outro lado, não podemos cair no extremo do
“academicismo”. A teologia precisa ser prática, inclusive contemplar a vida por
completo, inclusive o bem-social.
Precisamos sim de uma Nova Reforma, mas qual seria o perigo? O perigo seria
de reproduzirmos uma postura de quem preza pela sã doutrina sem praticidade
social, como se o bem pleno do ser humano fosse interesse extra-bíblico.
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