Agora me sinto incapacitado
emocionalmente. Estou aqui no Amazonas há quase uma semana e
meu coração está em frangalhos.
É estranho. Ao mesmo tempo em que a
saudade me machuca, sou aliviado por presenciar e fazer parte do alcance de Deus
para os povos ribeirinhos.
É um momento de crise falar com a minha
esposa e saber que passou sozinha por algumas lutas. É incômodo pensar que há provas especiais
quando estou longe de casa.
Já no próximo mês é Curitiba. Serão três dias e eu já não consigo dizer:
"apenas três dias". Não é apenas não.
E o convite de Agosto do ano que vem?
Se conseguir um documento será pra ficar um mês fora. Como ficar
tanto tempo fora? Como ir pra tão longe sem a família? Será que estou disposto
a pagar esse preço duríssimo? E se disposto estiver, teria eu
condição e saúde emocional pra multiplicar por muitas
vezes essa dor que é privilégio de quem ama?
Não sou capaz, como o
grande poeta, "que chega a fingir que é dor, a dor que deveras
sente".
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