Lá na época da Lei, aos sacerdotes
e aos seus filhos pertenciam a coxa e o peito. As melhores partes do sacrifício
(Lv. 10.12-15). Já ouvi gente usando textos assim para defender regalias sem
medida para os bispos e apóstolos de nossos dias.
Por outro lado, também já ouvi
gente afirmando maus-tratos para com os missionários e pastores porque eles
devem viver pela fé. A Bíblia nunca disse que somente eles devem viver pela fé,
mas que o justo, todo justo, é que vive pela fé (Rm. 1.17). Quem é enviado
precisa dar um passo de fé e quem o envia também. E olha que fé no grego
“pistes” pode ser traduzido também por fidelidade. Fidelidade de quem faz uso
do que ganha e também de quem sustenta.
E Jesus? Ele não tinha onde
reclinar a cabeça – debaixo de um teto fixo. Mas, por onde passava tinha casa e
comida. Quando precisou de transporte pegou emprestado um burrinho. Quando
precisou fazer a última Ceia usou uma casa grande o suficiente para ter uma
mesa que coubesse doze. E ainda era acompanhado por mulheres que o sustentavam,
e tinha até um tesoureiro.
E os apóstolos? Eram
sustentados pela Igreja. Somente Paulo e Barnabé que não usufruíram desse
privilégio por um tempo, mas reivindicaram esse direito (1 Co. 9.3-11).
E os pastores e presbíteros de
tempo integral (que lideram bem, especialmente aqueles que se ocupam com a
Palavra)? Deveriam receber dobrados honorários (1 Tm. 5.17-18).
O que deduzir dessas épocas? Cada
uma delas tinha zelo pelo obreiro. Cada qual dentro de seu contexto e realidade
cuidou daqueles que cuidavam dos outros e da Palavra (Gl. 6.6).
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