O pastorado se torna solitário a medida em que as ovelhas não querem viver o que você ensina. Dá uma sensação não apenas de desrespeito ao pastor, mas de inutilidade frente ao chamado do Evangelho.
A solidão também acontece porque parte do ministério pastoral é profético. E é próprio de um profeta, na perspectiva de quem denuncia o pecado, que fique só.
Há outro tipo de solidão. A solidão de você precisar assumir uma postura, um estilo de vida, uma reação que os outros não assumem com você, mas se você for diferente será cobrado. O pastor não pode algumas coisas, mas muitos se sente livres para tais.
O ministério pastoral também é solitário porque o pastor acaba se tornando um "confessionário" onde as coisas precisam "morrer" ali. A credibilidade do aconselhamento está na confiança e isso não pode ser quebrado, e por isso, há muitas angústias e preocupações a sofrer solitariamente.
E há ainda aqueles casos que ninguém compreende. Todos criticam, todos querem punição, mas o bom pastor sabe que precisa agir com a graça do afago e do cajado que acolhe; bem como não será compreendido quando usar a vara da disciplina quando todos acham que não precisaria ser tão radical.
Mas, há conforto aos pastores que amargam e celebram a bênção da solidão na solitude. E como sou pastor, estou me sentindo solitário e tive um consolo ao chegar no gabinete pastoral hoje cedo. Vou compartilhar as palavras de Charles Swindoll que li num quadro bem a minha frente, que ganhei de um pastor que já vi se senti solitário:
1. A fundamento do ministério é o caráter; 2. A natureza do ministério é o serviço; 3. O motivo do ministério é o amor; 4. A medida do ministério é o sacrifício; 5. A autoridade do ministério é o sacrifício; 6. O propósito do ministério é a glória de Deus; 7. As ferramentas do ministério são Palavra de Deus e a oração; 8. O privilégio do ministério é o crescimento; 9. O poder do ministério é Espírito Santo; 10. O modelo do ministério é Jesus Cristo.
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