Não sabíamos ser perigoso, enfeitiçante e tendencioso? É assustador ouvir que, quando nos sentimos desconfortáveis, solitários ou com medo, usamos chupetas digitais para nos acalmar.
É impactante saber o que está por detrás das nossas telas? É sim, horrível, saber que, os publicitários pagam pelos produtos que usamos, e nós somos a coisa vendida.
Não era suposto que assim fosse? Dentre os nossos três inimigos, Paulo afirmou que um deles é o "sistema deste mundo" (Ef. 2.1-3). E João já dizia que o mundo "jaz no maligno" (1 Jo. 5.19).
Então, vamos deletar tudo, agora mesmo? Não necessariamente. Porque quem está no maligno é o mundo, e não nós. Jesus não falou para sairmos do mundo. E temos a mente de Cristo para reconhecer que há "likes" genuínos, bem como a partilha sincera de coisas boas, cuja motivação contempla a glória do Senhor.
Ou estaria Deus subjugado a não ser glorificado nas mídias sociais? Se assim fosse, estaríamos contaminados e condenados, e ninguém que tivesse baixado um Aplicativo poderia dizer: "Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim".
Quem somos já sabemos. Somos astros neste mundo (Fp. 2:15). E a luz que dentro está, começa em nossa particularidade. Somos livres para fazer uso do que quer que seja, com a prerrogativa graciosa de não sermos dominados (Rm. 6:14), pois, não amamos este mundo (1 Jo. 2:12-15).
Sendo assim, precisamos tomar consciência e sérias medidas, e decidir fazer uso saudável, como ferramentas que podem ser. Ferramentas não só de trabalho, mas também de entretenimento não-alienante.
Entretanto, segue o perigo e a necessidade de vigiar sempre.
O Documentário da Netflix "O Dilema das Redes" é uma demonstração de que a motivação era a melhor possível. Justin Rosenstein, criador do "like" no Facebook, admite que a sua intenção era promover a interactividade entre as pessoas. No entanto, hoje revela uma séria disfunção psicológica daqueles que se permitem deprimir, porque não obtiveram os "likes" que esperava, ou de quem os esperava.
Tristan Harry, ex-especialista em design do Google, admite não haver neles, a mínima preocupação com a verdade, porque a causa é o dinheiro, ainda que seja preciso provocar a condição de distopia, quando os extremos são ainda mais polarizados, e as pessoas ficam sujeitas ou a anarquia, ou a uma escravidão impiedosa.
É triste saber que quem define o que um adoslescente vai comprar, num bairro pobre de qualquer submundo, são as empresas que estão no Vale do Silício, na Califórnia - Facebook, Snapchat, Twitter, Instagram, YouTube e outras.
Não é novidade que haja manipulação a partir de algoritimos inteligentes, cuja função é de nos prender e aproveitar-se da nossa vulnerabilidade. E pior, da vulnerabilidade de nossas crianças.
O que devemos fazer como família? Precisamos criar uma cultura do "offline-criativo", o que dá mais trabalho.
O que fazer com as nossas crianças? Mais que limitar horário, e verificar o que estão assistindo, o que é importante, precisamos também assistir e jogar junto com eles. E melhor ainda, dar alternativas de coisas boas, inteligentes e edificantes.
Coisas que vão exigir mais da nossa atenção, como jogos de tabuleiro, e o resgate daquelas brincadeiras mais antigas, de cantigas, danças e jogos. Estas saídas criativas que vão exigir até melhores condições físicas, e menos ostracismo.
E o que fazer comigo mesmo? Ser a referência de quem não se deixa dominar, ainda que sob o pretexto de responder importantes mensagens. Algo mais: auto-exame das motivações ao abrir, asceder, curtir, responder.
Onde a Igreja em tudo isto? Vai utilizar as ferramentas para alcançar os outros e abençoar os seus, mas sobretudo, irá refletir a saúde de gente que usa a tecnologia, é usada por Deus, e não é simplesmente usuário.
Instagram: @vacilius.lima
Tbm achei muito proveitoso este documentário, devemos fazer bom uso e demonstrar o nosso domínio próprio q faz parte do fruto do espírito para isso temos q buscar no espírito e q Deus nos ajude.
ResponderExcluirBom dia só me resta orar
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