Virou piada, no entanto, reforcei a ideia: "Quando for possível, decidimos todos juntos, democráticamente, mas haverá coisas que decidimos sua mãe e eu, e ponto final."
O tom era de brincadeira, mas sabemos que na prática nossa família funciona assim. Aliás, muitas famílias assim agem.
Há coisas que abrimos para os nossos filhos decidirem, e é saudável ouví-los, e até abrir-mão de alguns desejos nossos. No problem. Há espaço para a democracia.
Por outro lado, há coisas que - num ato de aparente sensibilidade - evitamos alongar as conversas, e possíveis questionamentos. Ou, se ouvimos, não é para mudar a decisão. Nada democrático? Antes sim, "Paicrático!"
Até porque o mundo não tão democrático assim. Cada vez mais, a tendência são as polarizações.
Na verdade, o próprio Mercado de Trabalho, as lutas entre as classes, a própria vida em si, não é tão democrática assim. Existe um discurso de igualdade social, de igualdade de oportunidades, e até de liberdade de expressão, mas é só discurso. Cada vez mais as pessoas rotulam, manipulam, cerceiam a liberdade.
O mundo é impiedoso, e está a espera de nossos filhos. Não podemos soltá-los como "franguinhos desesperados" ou "gatos mimados".
É em casa que precisam ouvir os primeiros, e muitos "nãos", e ainda reconhecerem limite e respeito.
Exemplos práticos?
Que horas vai dormir o pequeno Murilo? X horas e ponto. "Paicrático!"
Que horas vão dormir o Thales e Jamily, especialmente aos finais de semana? Pode ser democrático. "Pode ser".
Há outras questões mais complexas, que nem é democracia nem "paicracia". Já está Escrito. É Bíblia. Se houver "paicracia" é do nosso Deus e Pai.
Estas "coisinhas" prepara-os para o mundo? Certamente.
Enfim, vamos ser firmes quando é necessário sê-lo. Boa gestão de sua "paicracia".
Instagram: @vacilius.lima
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