É claro que o sistema precisa de datas para aquecer o mercado, fomentar a economia, levar o povo a gastar até o que não tem.
Sabe quanta gente gastou para fazer algo especial ontem, e essa atitude não passará - na prática - de endividar mais ainda algumas pessoas e enriquecer outras?
Quanta gente ontem disse "eu te amo" na mesma proporção em que faz isso pra sua mãe, no dia chamado dela, e depois nunca mais? É um ano inteiro de exploração e insensibilidade.
Vai saber quantos precisaram driblar situações para dar presentinho para mais de uma namoradinha ontem. Ou terá que preparar uma boa desculpa pra hoje.
Quantos saíram pra comer e tiveram que enfrentar filas porque afinal precisaria ser naquela data? Pecado mortal se deixassem pra comemorar hoje.
O que quero dizer com tudo isso? Será que não vale a pena aproveitar uma data? Não é isso!
A questão é que a atitude de respeito, galanteio, honra, presentes, sensibilidade, surpresas agradáveis, passeios, romantismo, declarações explícitas de amor... é coisa de todo dia, pra vida toda.
Alguém pode dizer: "Ninguém seria capaz de viver desse jeito todo dia". Não é possível dar presentes e passear todo dia, mas é possível respeitar, honrar, ter sensibilidade, discernimento, dar "bicotas", servir com um copo d'água, uma louça lavada, uma "comidinha" especial, trazer uma lembracinha no final do dia (ao menos de vez em quando)..."
Enfim tornar a vida de quem se ama, um pouco melhor do que seria sem você.
"As muitas águas não poderiam apagar o amor nem os rios afogá-lo." (Ct. 8.7a)
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