Sensibilidade à flor da pele? Pode não ser no sentido de irritabilidade.
A sensibilidade costuma brotar de situações indesejáveis. Sabe aquele desconforto com o que estamos a viver no momento? Pode ser algo sobre a nossa saúde, a vida financeira, os relacionamentos etc.
Há dias que estamos mais sensíveis. Precisamos cuidar, vigiar, olhar acima das circunstâncias porque a tendência é ressaltarmos a nossa impotência.
A sensibilidade à flor da pela é terreno fértil para as comparações, e se entramos por aí vamos enxergar muitas injustiças. Elas existem, entretanto, quando alimentamos estas comparações tendemos criar ambiente para a inveja, o ciúmes, a revolta e até a vingança.
Esta sensibilidade toda tem razão de ser, não é estúpida. Aliás, não há sentimento estúpido. Pode até haver perspectivas estúpidas, mas sentimentos são sentimentos.
Todo sentimento é sentimento que existe e só por existir precisar ser respeitado e considerado.
Fraqueza? Revolta? Impotência? Injustiça? Perda? Falta de direção? Confusão? Desânimo?
O caminho não é a rejeição dos nossos sentimentos. O melhor caminho é assumi-los como parte de nós e tratá-los com honesta confissão: "O meu sentimento é..."
E, depois, vamos buscar conversas, reflexões, textos, palavras, pessoas, experiências que nos ajudem a abrir os nossos olhos para outros sentimentos.
Por exemplo, se estou honestamente com raiva da maneira como o meu vizinho faz descaso de meu filho, eu preciso criar oportunidades para relacionamentos mais saudáveis para ele, e isto pode demandar mais esforço e atenção da minha parte, ou quem sabe ser eu mesmo parte desta resposta de oração que visa promover boas experiências para o meu filho.
E se a questão for financeira? Posso trabalhar agora? Mudar de emprego? As portas estão fechadas?
Então, primeiro desviar os meus olhos de comparações. Em segundo lugar, eu precisaria ser grato pelo sustento que tenho tido até aqui. O terceiro passo, conforme as necessidades exigirem, ser humilde para pedir socorro e ver nisto a boa mão do Senhor; pois, quem já socorreu pode precisar e quem já precisou pode socorrer.
Há ainda questões que nos podem fugir, completamente, como os casos de saúde sem garantia de cura. O que fazer? O que tenho a falar sobre isto é o que vejo em alguns amigos que passam por um processo de quimioterapia.
É uma luta diária. Eles agradecem tudo o que tem vivido e já viveram, celebram a vida hoje, renovam a esperança no Único que pode tudo, e ainda confiam no amor leal de Deus independentemente das circunstâncias.
Quais são os seus sentimentos hoje?
Que tal se abrir com alguém?
Enfim, vamos "confessar as nossas fraquezas uns aos outros para sermos curados" (Tg. 5:16)
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