Sou mais frágil do que pensava. Aliás, ao olhar para trás vejo um menino que pensava ser homem e que, como consequência deste devaneio pensava ser forte.
Que bálsamo olhar para mim mesmo sem pré-conceitos. Que bênção estar despido de autoafirmações. É maravilhoso não viver em função de provar nada a ninguém.
Já não preciso parecer forte.
Tenho descoberto as benesses da vulnerabilidade. Sou pecador redimido pelo sangue de Cristo que continua a carregar no lombo a natureza pecaminosa, ainda que o velho homem já tenha sido crucificado.
Não, longe de mim ser forte em mim mesmo. As minhas fortalezas não passam de castelo de areia.
Fico profundamente chateado por amigos meus a sofrerem tanto. Vejo gente que trabalha, trabalha e trabalha, e não tem a recompensa merecida. Vejo gente tão boa a padecer os pavores da morte. Vejo gente tão má, tão incrédula, a viver na ilusão de que são donos da vida.
Aborreço-me profundamente!
Ah, também tenho descoberto que sou mais incrédulo do que pensava porque Jesus falou que os pagãos é que se preocupam com dia de manhã e as suas provisões básicas. Por hora, apanho-me com tais preocupações. Sou um discípulo de Jesus na confissão que carrega nas entranhas uma alma pagã.
"Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"
Ah, se o grito da minha alma não tivesse resposta. O que seria de mim!
"Mas, graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor!"
Honro a Jesus, a esperança da glória, quem decidiu chamar-me: "amigo", e que me tem dado outros amigos que assumem a sua vulnerabilidade.
E assim, vamos mais longe...
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