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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

15 de Novembro e os Sertões entre Nós

Euclides da Cunha detalhou os esforços do governo de Marechal Deodoro da Fonseca para combater a revolta de Antônio Conselheiro nos sertões da Bahia. Esforços que duraram muito tempo e custaram inúmeras vidas. 

Estrategicamente os homens de Antônio Conselheiro expunham em árvores as cabeças decepadas de soldados que pertenciam a grupos anteriores já derrotados. Foi uma guerra, a Guerra dos Canudos.

Antônio Conselheiro, figura messiânica, definia a República como coisa do diabo e para ganhar o povo denunciava a malignidade dos impostos sob a constante e repetitiva declaração: "Bendito seja o nosso Senhor Jesus Cristo". Ele construiu uma cidade fortificada que resistiu a algumas incursões do Exército, quando já sem recursos básicos finalmente amargou a derrota e a morte.

Parece que nada temos a ver com os Sertões e a Guerra dos Canudos. Afinal, pudemos descansar no dia da Proclamação da República. Mas, infelizmente se instalou um outro tipo de guerra. A guerra entre criminosos e policiais. E o povo novamente sem saída.

A situação dos Sertões se renova nos inúmeros impostos cobrados impiedosamente. 

E como se não bastasse muita gente boa e ingênua tem sido alvo da crueldade de charlatões que também se escondem como Antônio Conselheiro atrás de uma aparente espiritualidade que remete ao "Bendito seja o nosso Senhor Jesus Cristo".

À todos que hoje agem malignamente contra o povo esperamos que se convertam de seus maus caminhos ou terminem como Antônio Conselheiro.

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