Fiquei sozinho na casa missionária em Men Martins, periferia de Lisboa. Então, resolvi ir para a capital de “comboio” (trem) e ainda sozinho.
Foi quando descobri que o 1º mundo não estava nas coisas só, mas na cabeça das pessoas, na educação. Cheguei à estação da cidade e não vi roletas nem portões, e nem guardas. Só uma bilheteria numa casinha à parte. Todos, sem fiscalização, compravam suas passagens com preços variados, de acordo com o percurso pessoal, levados pela liberdade de um cidadão emancipado.
No retorno e nos dias que passei em Men Martins impressionou-me o trânsito daquela cidadezinha pacata: sem semáforos, sem buzinas e sem fortes acelerações. Trânsito tranqüilo e com o pedestre em 1º lugar. Estranhei chegar numa faixa de "peões" (pedestre) e os carros pararem automaticamente.
Hoje estou no país que quero estar, em meu Brasil, mas com um pouco do "Velho Mundo". Cheio de constrangimento se não dou a preferência à quem já devia tê-la por direito: o pedestre.
Saudades de Lisboa. Nada como uma educação afinada.
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