Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



sábado, 18 de fevereiro de 2017

Mulheres: aprendam em silêncio? (Parte II)

Sabemos que a mulher foi criada para ser auxiliadora idônea. E também sabemos que por causa da omissão dos homens, elas precisam tomar a frente de muitas coisas.

Alguém perguntou-me sobre Débora. 

A vontade de Deus era que Baraque assumisse a sua própria responsabilidade. No entanto, as coisas precisavam acontecer e Débora sabia disso. Foi e fê-la! Aleluia!

Não é assim em muitos lares?

Então, precisamos entender o contexto do texto e contexto onde o texto aplica-se hoje. Imaginem um lar onde o marido é incrédulo ou negligente com o seu sacerdócio. Esta mulher não tem como "perguntar em casa ao marido", e ademais precisa tomar a frente na educação cristã de seus filhos.

Pais crentes não deveriam negligenciar seu papel de discipulador.

Entendem que "perguntar em casa ao marido", nos dias de Paulo, era uma questão de resgatar o sacerdócio masculino, mas que hoje depende de uma realidade cristã completa e responsável no lar?

E quanto a Igreja? "Que as mulheres aprendam em silêncio" precisa ser entendido como não falar com autoridade sobre o homem. Trata-se de um respeito a ordem da criação como Paulo argumenta (1 Tm. 2.11-15). A questão aqui não é simplesmente de expressar sua opinião e convicções. Elas podem e devem.

Qual a sua aplicabilidade? As mulheres não podem falar o quê? Não podem fazer perguntas? Não podem orar? Não podem ensinar? (Obs.: nesse sentido gosto do que Paulo fala a Tito quando recomenda um ministério de mulher pra mulher - Tt. 2.3-5).

Mulheres são bênçãos no lugar certo. Homens são bênçãos no lugar certo. Lugar de servos iguais diante do Senhor. É como uma engrenagem. Ajustam-se!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mulheres: aprendam em silêncio?

Paulo era machista? Por que ele diz que as mulheres não deveriam falar na Igreja? Por que ele orienta as mulheres a que perguntem aos seus maridos em casa? (1 Co. 14;34-35; 1 Tm. 2.11-12).

O que está na "cabeça" de Paulo? 

O mais curioso é que quando fala assim ele defende a mulher. Defende a mulher? Como?

A mente de Paulo, como judeu, era do sacerdócio do homem a começar de casa, por isso, ele diz para mulher perguntar em casa ao seu marido.

Quando entendemos a ideia de "perguntar em casa ao marido", aí podemos compreender o que significa: "...é vergonhoso pra mulher falar na Igreja..." (1 Co. 14.35b). 

Por que é vergonhoso? Do que ele está falando? 

É uma vergonha que os maridos não assumam o seu papel como sacerdotes de casa. A vergonha, para quem conhece o contexto, deveria ser primeiro dos homens que não assumem o seu papel como sacerdotes. 

A questão não é quem manda. Tão pouco a questão é sobre superioridade. A questão é quem serve. Esta negligência dos homens expõe as mulheres, tornando-as vulneráveis. 

A Teologia Paulina traz a perspectiva do serviço e da responsabilidade, a partir de uma liderança masculina que serve a mulher. 

O homem precisa assumir a responsabilidade do sacerdócio. Ele é o maior servo dentro de casa. Maior porque é o primeiro a servir, não o primeiro a mandar.

A responsabilidade primeira do discipulado é do marido, e do pai. A liderança dele é para servir, é para proteger a mulher. 

O homem que assume o seu papel como servo-sacerdote, tendo Jesus como modelo, ele protege sua esposa, dela cuida, e alimenta-a (Ef. 5.25-29).

Paulo era machista? Paulo era a favor da saúde plena da mulher e da Igreja. Ele compara as duas como quem precisa de cuidados. Ele sabia que mulheres, assumindo a responsabilidade de homem era um desvio do propósito da Criação. 

Se atendêssemos as suas orientações, nós teríamos mais "homens de verdade", menos "mulheres insatisfeitas", e muito mais "mulheres felizes". 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Obra inacabada!

Gostaria de ter feito muito mais. Gostaria de ter sido muito mais. 

Quando olho para nós, vejo que poderíamos ter alcançado mais. Tem muito mais por fazer.

Por que não o fizemos? Por que não somos ainda melhores? Por que 19 anos não foram suficientes?

Alguém poderia responder: “Por causa do pecado. Somos pecadores e então falhamos no processo.” 

Outro alguém poderia afirmar: “Porque a História da Igreja é maior que a história de uma geração”

Ainda poderíamos ouvir: “Porque o inimigo usou as nossas brechas para adiar as coisas”. 

Talvez a resposta mais óbvia seria: “Porque somos humanos, ninguém jamais é perfeito, e as coisas caminham "mais ou menos" sempre.”

Poderíamos ouvir outras respostas... No entanto, apenas uma ecoa no meu peito:

“AQUELE QUE COMEÇOU A BOA OBRA EM VOCÊS, HAVERÁ DE COMPLETÁ-LA ATÉ O DIA DE CRISTO JESUS.” (Fp. 1.6)

Sabe porque olhamos e vemos que poderia ter sido melhor? Porque ainda não chegou o que é Perfeito. SOMOS OBRA INACABADA. Que perspectiva isso nos traz?

A OBRA SÓ TERMINA QUANDO ACABA (Fp. 1.6)
Vamos relembrar o óbvio: SÓ ACABA QUANDO JESUS VOLTAR.

CADA UM É PARTE DE UMA OBRA QUE É MAIOR (Fp. 1.3-5)
Deus determinou que eu ficaria 19 anos. O Elias e o Eliandro, novos pastores, estão de passagem também. Você também está de passagem.

Um dia todos recebem um chamado de saída. Ou sai pra missões, ou sai pra glória. Mas, nunca peça pra sair por si mesmo.

A Igreja é o grande edifício que está sendo construído (Ef. 2.22).

A OBRA TEM UM PADRÃO DE QUALIDADE (Fp. 1.7-8)
O padrão de qualidade é a GRAÇA de Deus. A graça de Deus manifesta-se em AFEIÇÃO DE CRISTO JESUS. A afeição de Cristo Jesus, percebe-se em RESPEITO e SAUDADE.

A OBRA CONTINUA (Fp. 1.9-10)
Há trabalho por fazer, sem esquecer que somos o próprio "trabalho de Deus". Há frutos pra colher sem esquecer de frutificar também. 

TUDO até o dia de Cristo Jesus! Até que Cristo seja formado em nós!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Eu sou parte deste povo!

Eu nasci aqui. Muitos nasceram aqui. Outros re-nasceram. Alguns se foram. E todos nós juntos crescemos na fé em Cristo Jesus. 

Quanto aprendemos? Daria para contar quantas mensagens? Quantos aconselhamentos? Quantos discipulados? Quantas orações? E quantos abraços? 

Sorrimos e choramos juntos.

E tudo, tudo, tudo, aconteceu por Cristo e para Ele. Afinal, acampamos, praticamos esportes, comemos juntos, estudamos juntos, oramos, trocamos mensagens e compartilhamos fotos. 

Por que fizemos tudo isso? Porque estamos juntos nas pegadas de Jesus.

Nada, nada, nada, tem sentido se não for por Ele e para Ele. Nada acontece sem Ele. Jesus o cabeça da Igreja é a razão de existirmos como povo, Igreja. Até as lágrimas das minhas emoções, que choro, enquanto escrevo esse texto, são dádivas dEle.

Muitos não existiam, pois alguns tornaram-se pais e até avós. A nossa história eclesiástica e a história de cada um mesclaram-se. Escrevemos juntos. Algumas vezes, tentamos apagar alguma parte, outras escrevemos na pedra. E o Autor sempre interferindo com graça que lhe é própria.

Ele, Jesus, permitiu-me ser pastor aqui, que as palavras de um jovem nosso, traduzem exatamente o que é ser pastor entre vocês: Não sei o que pensar sobre você, se é pastor, se é pai, se amigo ou irmão. Sei que você é  um modelo pra mim. ISSO FEZ VALER A PENA.

Foram muitos acertos. Muitas conquistas. À Deus toda glória!

Os erros também foram muitos. Esses eu coloco na minha conta. O Sumo-pastor sabe das minhas imperfeições. Ele sabe que queria acertar ao máximo, mas Ele sabe também que nunca errei motivado por malignidade.

Ah, Ele também sabe que não jogar para torcida protegeu-me a fidelidade, e fez de mim um pouco insensível aos apelos do populacho, que queria mais bate-papo que Palavra, mais banquetes que oração, mais abraços que admoestação. Ufa, a linha é tênue entre a comunhão genuinamente fraternal e o mero paparico cercado de guloseimas.

Enfim, seguimos na caminhada em oração. Vamos continuar fazendo o  mesmo: seguindo Jesus. E na expectativas de alguns encontros-oásis”, de tempo em tempo, por aqui ou por outras terras. 

(Obs.: Fevereiro de 2017 quando completa 19 anos de Pastorado, chega o momento de sair).