Palavras novas. Uma nova política nas empresas. O que é tão diferente de antes?
Antes não havia uma busca desesperada pelo novo. Toda novidade era uma ameaça, gerava desconforto.
Hoje existe não apenas abertura. O que existe é uma busca pela troca. Tudo é muito descartável. A portabilidade é uma manifestação desse anseio e dessa nova cosmovisão.
O cliente quer trocar ele pode, a hora que quiser. Quer ir com o mesmo número para outra operadora? Pode. Quer receber seu salário em outro banco? Pode. Quer morar com outra mulher? Pode.
A fim de frear um pouco essa enxurrada de migrações, as empresas desenvolvem planos de fidelização. O cliente comparece para fazer a troca, daí eles já estão preparados para oferecer benefícios para que o cliente não migre para a outra.
A outra não é mais uma possibilidade as escondidas. Ela está à porta de braços cruzados, esperando a desistência do momento. E só não se desiste se houver mais vantagens ao ser feita a comparação.
Fidelidade não existe mais no mundo comercial - se manter por se manter não tem sentido. Inclusive é o que alguns pastores estão defendendo sobre o casamento. Eu também não creio que devemos nos manter por nos manter - precisamos ter qualidade de vida conjugal. Mas, se alguém deixa de tê-lo, não precisa mais perseverar até que passem certas dificuldades. Eles se esquecem que Deus não mudou e continua detestando o divórcio (Ml. 2.16).
A portabilidade e a fidelização são caminhos de um mesmo caminho: o caminho da sustentabilidade. É a mesma filosofia.
A sustentabilidade se propõe a unir a questão social, energética e ambiental, para o bem-estar máximo do indivíduo, agora e no futuro, a partir do bem que desfruta e precisa continuar a desfrutar amanhã.
A filosofia é: se estou fazendo o bem pra mim bem como para as gerações futuras, tudo bem. Mas, aí não se contempla questões morais - apenas os recursos naturais. O foco é o "eu".
O homem não se humanizou. Ele se ambientalizou! E pra si mesmo.
O que isso significa? O Criador não importa. Não temos Pai. Temos uma mãe: a Terra. E se a mãe é a Terra e todos a ela se voltam, não haverá prestação de contas morais. O que haverá são prestações de contas às gerações futuras, de recursos naturais. É o nosso legado terráqueo apenas.
Agora a gente entende melhor porque nos "últimos dias sobrevirão tempos terríveis" (2 Tm. 3.1-9). Os homens seriam amantes de si mesmos. Mais amigos dos prazeres que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.
A nova filosofia comercial e ambiental não pode comprometer a nossa espiritualidade.
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