Tranquilidade ao deitar como alguém que entende as próprias limitações.
É maravilhoso! Descansar livre da perturbação: "Eu poderia ter feito mais!"
Sim. Sempre devíamos ter feito algo mais, mas nem sempre dá ou queremos.
Melhor ainda é optar em não fazer.
Optar em curtir as delícias da vida: o descanso, o sono, a meditação, uma "leitura descomprometida", um bate-papo, um brincar.
Esse ato de liberdade por opção, renova-nos para melhor cumprir a nossa missão.
Sinta-se Em Casa
Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Uma Noite em Praça Pública no Uruguai
Lembrei quando entrava em casa ontem à noite, e junto com os meus admirávamos o céu da madrugada. Daí contei ao meu filho...
Eu, com 18 anos, e um grupo de jovens missionários aventuramo-nos rumo ao Uruguai para pregar o Evangelho. Éramos 3 grandes equipes da Missão Amém. Uma delas ficou em Rio Branco, fronteira com Jaguarão (Rio Grande do Sul), na qual estava.
Havia muita gente para ocupar as salas daquela pequena Comunidade. A Praça era tranquila, e a noite linda sob um céu abundantemente estrelado. Ali colocamos os nossos sacos de dormir, e quase não dormimos. Muito conversamos, oramos e sorrimos. Que sensação maravilhosa de liberdade, que aliás não era apenas a sensação. Éramos livres mesmo.
Hoje continuamos livres em Cristo Jesus, a Verdade que verdadeiramente libertou-nos, mas estamos presos a compromissos que não permite-nos uma noite em Praça pública. Será?
Eu, com 18 anos, e um grupo de jovens missionários aventuramo-nos rumo ao Uruguai para pregar o Evangelho. Éramos 3 grandes equipes da Missão Amém. Uma delas ficou em Rio Branco, fronteira com Jaguarão (Rio Grande do Sul), na qual estava.
Havia muita gente para ocupar as salas daquela pequena Comunidade. A Praça era tranquila, e a noite linda sob um céu abundantemente estrelado. Ali colocamos os nossos sacos de dormir, e quase não dormimos. Muito conversamos, oramos e sorrimos. Que sensação maravilhosa de liberdade, que aliás não era apenas a sensação. Éramos livres mesmo.
Hoje continuamos livres em Cristo Jesus, a Verdade que verdadeiramente libertou-nos, mas estamos presos a compromissos que não permite-nos uma noite em Praça pública. Será?
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Dias Difíceis em Chapecó
"Dias difíceis" na estrada. Grande livramento depois que as duas rodas esquerdas estouraram na auto-estrada Regis Bittencourd. Foram as rodas mesmo - não os pneus. Como estamos vivos? Só Deus sabe como, e nós só sabemos que foi Ele.
"Dia difíceis" na despedida ou num "até logo". Corações partidos. A Adriana Kohler Cardoso Bernardo, esposa do Amilton tirou força da fraqueza para entoar aquele cântico. E o testemunho daquela irmã-enfermeira que dele cuidava? O que a acrescentar sobre a fala de todos sobre o seu bom humor em meio aos sofrimentos?
"Dias difíceis" os que antecederam a sua despedida. Fiz parte de apenas poucos deles. Nada visto os 2 anos de sofrimento que só poderia ser a lapidação de diamantes, que para nós já brilhavam.
Dias difíceis devem ser estes que agora golpeiam a Adriana e os lindos filhos Asafe e Aninha, na ausência de um homem de verdade.
Esperamos que os "dias difícieis" de todos nós sejam bons, junto ao incômodo de como estarão nossos queridos nestes dias, que por definição bíblica, são dias difíceis.
Graça sobre graça para todos seguirmos frente as perdas e as pedras do caminho, com muita esperança e conforto em Deus, o Deus em quem nos abrigamos, até que passem as calamidades (Sl. 57.1).
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Cartas Para Julieta
Acabamos de assistir ao filme "Cartas para Julieta". Que história leve, muito linda, diferente e envolvente. Por que não podemos escrever histórias parecidas?
Recomendo-o àqueles que já têm um coração sensível por natureza.
E também recomendo-o mais ainda àqueles cujos corações já encontram-se endurecidos, e não mais acreditam na celebração do amor.
Quem sabe depois de assistir ao filme, caberia uma leitura tranquila e a dois, de Cantares de Salomão. E abrir-se para a criatividade.
E quem sabe, depois deste filme e desta leitura, seu coração já não será o mesmo.
Quando o coração já não é mais o mesmo, as pessoas apreciam-se mais.
E então as reações mais rudes darão espaço às palavras agradáveis.
A insensibilidade cederá aos gestos carinhosos.
A necessidade de sofisticação será vencida pela simplicidade da vida, como uma dádiva de Deus.
Então uma caminhada, ou um café, junto a uma boa conversa podem ser muito mais interessantes, e a felicidade será uma consequência.
Qual a nota de sensibilidade você daria hoje ao teu casamento, ou melhor, daria a si mesmo?
Recomendo-o àqueles que já têm um coração sensível por natureza.
E também recomendo-o mais ainda àqueles cujos corações já encontram-se endurecidos, e não mais acreditam na celebração do amor.
Quem sabe depois de assistir ao filme, caberia uma leitura tranquila e a dois, de Cantares de Salomão. E abrir-se para a criatividade.
E quem sabe, depois deste filme e desta leitura, seu coração já não será o mesmo.
Quando o coração já não é mais o mesmo, as pessoas apreciam-se mais.
E então as reações mais rudes darão espaço às palavras agradáveis.
A insensibilidade cederá aos gestos carinhosos.
A necessidade de sofisticação será vencida pela simplicidade da vida, como uma dádiva de Deus.
Então uma caminhada, ou um café, junto a uma boa conversa podem ser muito mais interessantes, e a felicidade será uma consequência.
Qual a nota de sensibilidade você daria hoje ao teu casamento, ou melhor, daria a si mesmo?
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Caverna e Pão Quentinho
Elias já havia sido alimentado com pão e carne, pelos corvos. E depois de vencer os profetas de Baal tornou a ser alimentado graciosamente com pão quente e água.
A primeira experiência foi num bom momento, já a segunda em tempo de fuga e depressão.
O impressionante foi como Deus tratou Elias nesses dois momentos. Do mesmo jeito. Elias estava bem, pão e carne. Elias estava mal, pão quente e botija com água.
Como é bom saber que o Senhor é bom e compreende as nossas cavernas. A caverna do refúgio e da proteção, e até mesmo a caverna da solidão. Precisamos de uma e de outra.
O que importa é ser alimentado pela graça, e levantar-se para a longa estrada que coloca-se adiante.
Força, pão quente e água na caverna nossa de cada dia, e se possível carne. Enfim, graça. Muita graça.
A primeira experiência foi num bom momento, já a segunda em tempo de fuga e depressão.
O impressionante foi como Deus tratou Elias nesses dois momentos. Do mesmo jeito. Elias estava bem, pão e carne. Elias estava mal, pão quente e botija com água.
Como é bom saber que o Senhor é bom e compreende as nossas cavernas. A caverna do refúgio e da proteção, e até mesmo a caverna da solidão. Precisamos de uma e de outra.
O que importa é ser alimentado pela graça, e levantar-se para a longa estrada que coloca-se adiante.
Força, pão quente e água na caverna nossa de cada dia, e se possível carne. Enfim, graça. Muita graça.
terça-feira, 5 de julho de 2011
As Coisas Mudam no Tempo e Espaço
Há coisas que são boas para um determinado lugar e tempo, e porque movemo-nos e o tempo passa, nós também mudamos.
Eu não repetiria algumas exigências, e até alguns padrões. Não faria hoje questão de coisas que fizeram-me "brigar" em outros tempos.
Isso significa que não valeu como as coisas eram e aconteceram? Algumas não valeram a pena mesmo, mas outras serviram bem em sua própria época, e tiveram ali bom lugar.
Há época em que os pais toleram a "chupeta" dos filhos. O tempo passa e já não mais é cabível imaginar seu filho chupando uma borracha sem gosto. Até a vara tem o seu lugar e tempo. A forma da disciplina muda.
Hoje cultivo alguns hábitos, muito bons, e sei que amanhã eles serão descartáveis.
Portanto, não julgue as pessoas e o tempo que passou a partir do que hoje é bom ou não acontecer.
Eu não repetiria algumas exigências, e até alguns padrões. Não faria hoje questão de coisas que fizeram-me "brigar" em outros tempos.
Isso significa que não valeu como as coisas eram e aconteceram? Algumas não valeram a pena mesmo, mas outras serviram bem em sua própria época, e tiveram ali bom lugar.
Há época em que os pais toleram a "chupeta" dos filhos. O tempo passa e já não mais é cabível imaginar seu filho chupando uma borracha sem gosto. Até a vara tem o seu lugar e tempo. A forma da disciplina muda.
Hoje cultivo alguns hábitos, muito bons, e sei que amanhã eles serão descartáveis.
Portanto, não julgue as pessoas e o tempo que passou a partir do que hoje é bom ou não acontecer.
Numa Ilha Distante
Cheguei a São Tomé e Príncipe dia 31 de Dezembro de 2010, uma Ilha Africana no meio do Oceano Atlântico. Foi um dia agitado e de choque cultural, já nos primeiros minutos.
Conheci os são tomenses: traços bem feitos, vaidosos, barulhentos e alegres. Já havia percebido no Consulado e no Aeroporto, ambos em Lisboa.
Quando cheguei assustei com o trânsito e o Centro Comercial pelo tamanho da desorganização. Muitas buzinas, guardas contraditórios, sem sinalização alguma, pouco espaço, muita gente, muitas coisas e negócios, buracos, muitos buracos e enormes. Aos olhos tudo muito confuso.
Conheci os são tomenses: traços bem feitos, vaidosos, barulhentos e alegres. Já havia percebido no Consulado e no Aeroporto, ambos em Lisboa.
Quando cheguei assustei com o trânsito e o Centro Comercial pelo tamanho da desorganização. Muitas buzinas, guardas contraditórios, sem sinalização alguma, pouco espaço, muita gente, muitas coisas e negócios, buracos, muitos buracos e enormes. Aos olhos tudo muito confuso.
Andei muito, logo nas primeiras horas e tudo impressionou-me, inclusive a beleza natural. Depois de ter ido andar para não mostrar as lágrimas, voltei. E foi bom porque descobri que a Casa de Oração fica à beira de um Atlântico azul turquesa e verde esmeralda. Impressionante!
Mais tarde fomos buscar alguns irmãos numa caminhonete em Praia Colônia e Ribeira Afonso. Não sei se fui marcado de maneira mais forte nesta viagem. Enquanto subíamos e descíamos uma suave serra, crianças, adultos e jovens, e até mães com crianças amarradas às costas, cantavam caminho a fora. Foi quando não contive as lágrimas: a caminhonete quase parou por conta dos buracos, naquela escuridão, longe da cidade, um homem quase cambaleando quedou ao lado, justo na parte em que cantavam com vozes fortes e alegres: “Tu procuras a paz neste mundo, em prazeres que passam em vão, mas na última hora da vida, qual será no futuro o teu lar?” Emocionante!
Mais tarde fomos buscar alguns irmãos numa caminhonete em Praia Colônia e Ribeira Afonso. Não sei se fui marcado de maneira mais forte nesta viagem. Enquanto subíamos e descíamos uma suave serra, crianças, adultos e jovens, e até mães com crianças amarradas às costas, cantavam caminho a fora. Foi quando não contive as lágrimas: a caminhonete quase parou por conta dos buracos, naquela escuridão, longe da cidade, um homem quase cambaleando quedou ao lado, justo na parte em que cantavam com vozes fortes e alegres: “Tu procuras a paz neste mundo, em prazeres que passam em vão, mas na última hora da vida, qual será no futuro o teu lar?” Emocionante!
E a “boca do inferno”? Que lugar impressionante! Deixa-me explicar: foi um nome infeliz que deram a um ponto turístico. Talvez por ser perigoso. Ninguém entra lá. As ondas entram num toboágua natural, dentro do mar, e passam entre as pedras, e embaixo de outras, e explodem a cada 10 segundo como um pequeno vulcão na superfície.
Eis um pouquinho daquela incrível Ilha Africana, e de um povo ainda mais incrível que causa-me saudades.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Isto é de Deus ou do diabo?
"Papai essa pulseira é de Deus ou do diabo?" Perguntou o Thales. Ao que lhe respondi: "Meu filho, não é de Deus nem do diabo." Como assim?
Eu já defendi que quando uma coisa não é de Deus é do diabo, e vice-versa. Mas, nem sempre é isto. Há coisas que não são diretamente de Deus, no sentido de não serem coisas espirituais. E outras mesmo não sendo de Deus não são do diabo, porque são apenas dos homens. Exemplos?
Uma poesia tributada à uma cidade, ou que seja uma poesia sensual à uma mulher - desde que a sua - trata-se de algo humano. Algo de que Deus capacitou o homem, para o homem.
E o esporte? A tecnologia. Aquele prato delicioso. E aquele dia de praia?
Tudo pode ser de Deus se não fere a Sua vontade. Tudo pode ser do diabo, ou ao menos "diabolizado" se usado para o mal. E algumas coisas podem limitar-se a autoria humana, pois a ele pertence a liberdade de muita coisa.
Portanto, não deixe de "ser-espiritual", mas tenha liberdade de "ser-humano".
Palavras de quem está aprendendo a ser mais humano, sem deixar o cultivo da espiritualidade.
Eu já defendi que quando uma coisa não é de Deus é do diabo, e vice-versa. Mas, nem sempre é isto. Há coisas que não são diretamente de Deus, no sentido de não serem coisas espirituais. E outras mesmo não sendo de Deus não são do diabo, porque são apenas dos homens. Exemplos?
Uma poesia tributada à uma cidade, ou que seja uma poesia sensual à uma mulher - desde que a sua - trata-se de algo humano. Algo de que Deus capacitou o homem, para o homem.
E o esporte? A tecnologia. Aquele prato delicioso. E aquele dia de praia?
Tudo pode ser de Deus se não fere a Sua vontade. Tudo pode ser do diabo, ou ao menos "diabolizado" se usado para o mal. E algumas coisas podem limitar-se a autoria humana, pois a ele pertence a liberdade de muita coisa.
Portanto, não deixe de "ser-espiritual", mas tenha liberdade de "ser-humano".
Palavras de quem está aprendendo a ser mais humano, sem deixar o cultivo da espiritualidade.
sábado, 2 de julho de 2011
Berlinky e as Crianças
Você trabalha com crianças? Eu também. Precisamos de dicas para os diversos momentos lúdicos, e também para a "contação" de histórias. Tatiana Belinky pode ajudar-nos.
Tatiana Belinky já escreveu cerca de 120 livros para o público infantil. Ela, uma escritora russa, quase centenária, tem autoridade para dizer o que é preciso para tanto sucesso com as crianças.
A escritora preza por alguns princípios em seu trabalho para as crianças: Ética - Estética - Sentido - Emoções.
Não dá para fazer uma criança sorrir e desejar mais, se não tocar em suas emoções. E só toca em suas emoções quem envolve-se emocionalmente. A partilha do coração é automática.
Portanto, avalie se você gosta do que faz. E some a isto caráter (ética), capricho (estética), verdade mesmo no mundo da imaginação (sentido), sorriso e lágrimas (emoções).
Obrigado Tatiana Belinky, porque as suas dicas para escrever às crianças servem para ampliar todo o nosso repertório e re-pensar a nossa prática.
Tatiana Belinky já escreveu cerca de 120 livros para o público infantil. Ela, uma escritora russa, quase centenária, tem autoridade para dizer o que é preciso para tanto sucesso com as crianças.
A escritora preza por alguns princípios em seu trabalho para as crianças: Ética - Estética - Sentido - Emoções.
Não dá para fazer uma criança sorrir e desejar mais, se não tocar em suas emoções. E só toca em suas emoções quem envolve-se emocionalmente. A partilha do coração é automática.
Portanto, avalie se você gosta do que faz. E some a isto caráter (ética), capricho (estética), verdade mesmo no mundo da imaginação (sentido), sorriso e lágrimas (emoções).
Obrigado Tatiana Belinky, porque as suas dicas para escrever às crianças servem para ampliar todo o nosso repertório e re-pensar a nossa prática.
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