Quem está engajado na edificação da Igreja pode vir a sofrer dores de parto (Gl. 4:19), e quem padece pela igreja precisa ter clareza de:
1) O compromisso de edificar a Igreja é do próprio Jesus (Mt. 16:18). Jesus edifica a Igreja e nós somos cooperadores com Ele (1 Co. 3:9);
2) Sofrer as dores do anseio pela justiça não pode nos levar a querer fazer justiça com as próprias mãos (Rm. 12:19);
3) Se o nosso senso de justiça for maior que a misericórdia falta-nos aí qualquer coisa. A misericórdia deve triunfar no juízo (Tg. 2:13). Afinal, quem poderia atirar a primeira pedra? A sede de expor publicamente pecados alheios é contraditória porque se fôssemos vasculhar a vida de cada um, encontraríamos em algum momento coisas vergonhas de só o mencionar;
4) A disciplina sempre foi para a restauração. Só há constrangimento e confrontação pública quando há um caso deliberado de pecado em que não há arrependimento, e depois de haver esgotado todas as possibilidades (Mt. 18:15-20);
5) Quem celebra o constrangimento público de alguém está longe da misericórdia. Bem-aventurados são os pacificadores (Mt. 5:9);
6) Instigar a divisão na igreja e/ou abandono de qualquer igreja não é uma atitude ética nem espiritual (1 Co. 1:13). Se alguém deve ou não sair daqui ou dali precisa ser de total autoconsciência;
7) Alegrar-se porque alguma igreja local está a passar por situações delicadas não é o espírito do Evangelho. Qual é a novidade de haver imperfeições? Ainda não fomos arrebatados. Aliás, mesmo nas divisões há alguma bênção, a bênção de serem revelados os aprovados (1 Co. 11:17-19);
8) Receber misericórdia e agir com inflexibilidade é no mínimo ingratidão. Gente assim anda de mãos dadas com o credor incompassivo (Mt. 18:23-35);
9) Perdoar é a máxima do Evangelho. Quem provou do perdão, perdoa. Quem não perdoa, não haverá de ser perdoado (Mt.6:14-15);
10) "Quanto àquele que provoca divisões, advirta-o uma e duas vezes. Depois disso, rejeite-o." (Tt. 3:10). Mesmo quem é nocivo para a igreja deve ter duas chances antes de ser evitado e rejeitado.
Vamos viver vida de igreja nas celebrações e nos bastidores, nas alegrias e nas angústias. Que haja em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, de afetos que vêm de nossas entranhas (Fp. 2:1-5).
Enfim, "...se alguém quiser ser contencioso nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus." (1 Co. 11:16)
Segue @vacilius.lima
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