Adiafa, do árabe, "hospitalidade, banquete" tornou-se uma festa tipicamente portuguesa, que acontecia depois das vindimas, e que se estendeu aos trabalhadores da apanha de pêra, maça e outros frutos.
Não pára por aí. Assim como no Pentecostes, havia várias Línguas: Francês, Inglês, Português, Criolo, e o Brasileiro (como dizem eles), que não podia faltar.
O que mais haveria de comum entre o Pentecostes narrado por Lucas, e a Adiafa narrada por mim?
Havia muita gente boa, cheia de muitas coisas de Deus, mas que não o reconhece em seus caminhos, necessariamente.
Também havia cá e lá, gente com um coração ardente por partilhar o Evangelho.
O que mais? Gente que parecia embriagada por razões diferentes. Algumas de tão cheia de Deus, e outras de tão cheia do fruto da videira.
Algum coração disposto a pregar Jesus? Sim. Entretanto, bem disposto a respeitar a cultura, ouvir e aprender, criar conexões, andar no caminho da pré-evangelização, e a marcar um comportamento que brilha nas trevas, que deixa perguntas por onde passa.
O Espírito Santo não foi derramado como no Pentecostes, mas certamente estava lá na Adiafa, da terra do Bom Vento em Carvalhal, sutilmente, a iniciar ou dar continuidade na obra que veio fazer.
Ora, no Pentecostes, ora, na Adiafa, mudam-se os trabalhadores, mas o Espírito é o mesmo.
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