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quinta-feira, 2 de abril de 2020

O Poço

Neste dias de reclusão assistir ao filme "O Poço" parece não ser tão boa sugestão. Mas, fui a isto, e mais: vi-nos ali. É a vida dura, de luta e esperança.

Como teólogo teria uma abordagem simplista porque diria que todos nós fazemos o que fazemos por trazermos em nós a essência da Queda Original. E foi lá - nesta condição de fundo de poço - que Jesus nos resgatou. 

Também gostei da ênfase sobre a MENSAGEM. Ela é suficiente em si mesma, ainda que Deus use portadores. E sobre o uso das palavras de Jesus foram muito bem empregadas, porém, totalmente fora de contexto. É natural... Mas, aquela simbiose sobre quem  "bebe do meu sangue e come da minha carne" é fantástica. É mesmo o que acontece com aqueles que um dia creram em Jesus e O tem como se a própria vida não fosse própria. Ufa! Que bom que pude pensar em algo positivo!

Não sou apenas teólogo. Sou gente normal, e como tal vi o filme também a partir de um prisma sociológico. Diferente da Luta de Classes, embora numa certa altura, a personagem principal tenha sido chamada de comunista. Ele deixa claro que o desejo de saciar a fome  alheia e promover justiça é uma questão de humanidade, e não política ou ideológica. Isto é fantástico. A sensibilidade em estender as mãos vem do coração e não da academia. 

Quando o caos está estabelecido e desenvolvido não há "consciência coletiva" para o bem. Há apenas uma disposição animalesca de auto-preservação. É o que já aconteceu inúmeras vezes com pessoas que quase morreram, por comer carne humana para não morrer. 

E os níveis? Os níveis são impactantes. Há níveis tão altos e tão podres que ninguém nem sequer desfruta. Ninguém come tudo o que está sobre a mesa. Aliás, a vida é tão complexa e coloca-se tão desafiadora que ninguém consegue comer tudo o que está disponível. 

Há outros níveis tão baixos, tão chocantes que a morte é o mais provável, e até que ela venha há situações tão deploráveis, que seria melhor morrer a viver de forma tão moribunda. 

Ainda a pensar nos níveis mais baixos caberia voltar a uma abordagem espiritual com implicações sociais: 

"Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção," (2 Pe. 2.12).

E afinal, ainda a cuidar para que não haja spoiler, a Mensagem é a mensagem. A Mensagem é de esperança e de justiça ao mesmo tempo, e por isto, é uma mensagem de um futuro.

2 comentários:

  1. Eu e minha família assistimos também é um filme bem complexo.mas muito interessante quando refletimos sob o mesmo. Deus os abençoe

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  2. Paz Pastor ,assisti o filme e realmente dá para fazermos algumas reflexões sobre a vida,quem somos qual nosso nível onde podemos chegar e nunca esquecer que existem pessoas que daria tudo para estar em nosso lugar ou para ter o que temos por mais simples que seja,por isso sejamos gratos a Deus por tudo amém,gostei muito da sua reflexão

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