Temos a tendência de fragmentar a vida toda. Parece que tudo pode ser dividido, separado, afastado.
Parece que um ponto não está ligado ao outro. Tendemos a separar as palavras do texto.
O nosso esforço é para deletarmos algumas experiências como se elas não mais dialogassem com a nossa realidade.
Não é assim que fazemos com o Domingo, o Templo, o Pastor e o Culto? Não é assim que fazemos com o Ministério Eclesiástico e Missionário? Não é assim que fazemos como a própria Palavra?
Separamos tudo isso da vida comum. Tudo o que se refere a Igreja é santo, o resto é profano, ou ao menos humano, e um humano esvaziado do divino.
Deus nunca pensou assim. A Palavra nunca foi-nos dada para sermos extra-terrestres. A Igreja não existe para desumanizar.
O Domingo não é um Dia do Senhor, muito menos o Dia do Senhor (sem diminuir a teologia Puritana). Quem serve ao Senhor apenas num chamado dia dEle, tende a viver para si mesmo nos outros dias.
Todos os dias e tudo o que fazemos é para o Senhor. Não foi essa a teologia paulina aos Coríntios quando eles estavam considerando profano, aquilo que para o Senhor pode ser santo também?
"Seja comida, seja bebida, seja o que for, precisa ser para a glória do Senhor." (1 Co. 10.31)
Quem é o ungido do Senhor? Todos nós o somos. Respeitamos os pastores que estão sobre nós, mas também entendemos como a Reforma Protestante defendeu sobre o Sacerdócio Universal dos Crentes.
E sobre o Culto e o Templo? Não queremos diminuir a sua importância e o seu bom lugar em nossas vidas. Mas, templo somos nós mesmos. Nós somos o lugar santo de Deus (1 Co. 6.19). Santidade convém ao lugar onde cultuamos juntos e em qualquer outro lugar, bem como a nossa vida é o altar de culto contínuo ao Senhor.
O que quero com isso?
Que sejamos livres para honrar o domingo bem como todos outros dias, cada qual em seu propósito.
Que sejamos livres para honrar os pastores e líderes, bem como todos os outros servos do Senhor, cada qual dentro do seu propósito.
Que sejamos livres para cultuarmos ao Senhor e cultivarmos o culto coletivo, mas cada qual na dimensão que precisa ser vivido.
Vivamos para a glória de Deus. A vida toda. Tudo o que vivemos.
Não entendeu ainda?
Vou ao culto coletivo, jogo futebol, faço caminhada, leio a Bíblia, namoro, brinco com os meus filhos, tomo minhas refeições, uso o celular, viajo, prego, leio outras literaturas etc. Tudo, tudo, tudo... para a glória de Deus, e com o mesmo peso de responsabilidade na minha consciência, e com a leveza da mesma gratidão.
Nem sempre você precisa ficar na encruzilhada. Que seja tudo para a glória de Deus.
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