O livro "Eles gostam de Jesus, mas não gostam da Igreja" de Dan Kimbal mostra a trajetória de muita gente boa, que se decepcionou com a Igreja, mas ainda mantêm um certo temor a Jesus.
Gente que tem Jesus e que traz o Reino no coração, mas que com um olho enxerga o que a maioria não vê, e com o outro sofre algum embaçar sutil.
Precisamos perguntar e definir: De que Igreja estamos a falar? E, consequentemente, precisaríamos perguntar de que Jesus estamos a tratar.
A "ekklesia" a priori, nunca foi uma Instituição. Não se trata de organização, mas sim de um organismo vivo.
Desta Igreja, todos os que gostam de Jesus, gostam também, porque ela foi escolhida como um instrumento de revelação:
"A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais" (Ef. 3.10). "Regiões" onde estamos "assentados em Cristo Jesus" (1.3).
Até aqui não há nenhum problema com aqueles que gostam de Jesus e não gostam da Igreja institucionalizada.
Talvez começa haver algum incômodo quando falamos da diversidade de ministérios (Ef. 4.11), e ainda mais quando vemos que a Igreja orgânica requer uma vida em comunidade, onde as pessoas encontram-se para partilharem "salmos, hinos e cânticos espirituais" (Ef. 5.19).
Podemos e devemos fazer tudo isto de forma livre e informal? Pois sim, podemos e devemos.
Por outro lado, precisamos de um mínimo de organização e institucionalidade para viabilizar as marcas de um organismo vivo. Aliás, os ministérios e os relacionamentos exigem alguma "formalidade", até porque é próprio de alguns dons e ministérios.
A organização e até um organograma não devem-se opor a fluidez do Espírito.
A minha crítica pessoal a Igreja, da qual muitos não gostam, e até Jesus não aprecia, é aquela Igreja que se limita ao Domingo como dia santo, a um local único, a um horário e a uns poucos profissionais das bênçãos e do culto.
Ter esta igreja organizada e não ter a outra, faz de seus membros um grupo de associados corrompidos da proposta de Jesus. Mas, quem poderia julgar o nível de compromisso de seus membros individuais no dia-a-dia? Ainda que a Instituição não faça em conjunto, alguém pode estar a fazer, por si mesmo.
O Domingo, o local específico e um horário deviam continuar a existir, mas como treino e preparo para a Igreja mostrar-se durante toda semana.
Alguns "profissionais" deviam atuar como se seu trabalho fosse preparar os outros para o trabalho de cada dia, fora daquele horário e local.
Então, o problema não é ter a "Igreja Instituição". O problema é o reducionismo do papel da Igreja como agente de transformação ininterrupta e espalhada por casas, ruas, centro comerciais, empresas e escolas.
Quem gosta de Jesus, precisa lembrar que Ele fez uma promessa: "Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mt. 16.18)
Gostar de Jesus significa buscar meios de gostar da Igreja, apesar dela mesmo.
Senão, teremos um outro problema ainda mais sério. O problema de olhar tão de cima a Igreja pecadora, que se assume uma posição de superioridade tal que, nenhum ajuntamento ou organização de fé, é digna de participação.
Também precisamos ponderar que, aqueles que consideram suficiente a presença dominical e as contribuições pessoais como vida de Igreja, está emaranhado nas teias da religiosidade.
Então, vamos não apenas gostar de Jesus. Vamos amá-lo e também amar a Sua Igreja em suas múltiplas formas.
"Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a IGREJA DE DEUS, que ELE COMPROU COM O SEU PRÓPRIO SANGUE." (Atos 20.28)
Já que mencionamos o sangue de Jesus, há algum perigo que fere o conceito de salvação? Pois, há.
De um lado, estão os que acham que, somente os "membros locais", são dignos da salvação. Desvio este que faz a Igreja de Jesus, ser corrompida como se fosse em si mesma o caminho da salvação, e não a suficiência de Jesus.
E do outro lado, estão os que abrem as portas da salvação, de maneira tão larga que, supostamente, entram até aqueles que nunca confessaram a Jesus, como Senhor e Salvador (Rm. 10.9-10).
Ambos podiam ser confrontados com João 3.36: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele."
Quem julga ser a Igreja local único meio de graça, despreza a suficiência do Filho, e quem despreza a Igreja local, rejeita a Sua multiforme sabedoria para a salvação.
Portanto, vamos comungar a nossa fé juntos, e para isto precisamos nos encontrar, e quando nos encontramos, o Espírito Santo tem alguém para nos liderar. E assim, vamos avançar juntos, como uma instituição não engessada, mas organizada e orgânica.
E se alguém não se vê neste contexto, ou deverá encontrar algo assim, ou suportar em Cristo as limitações de sua igreja local, e fazer a diferença nela.
Afinal, há Igreja de Cristo no Novo Testamento, sem a expressão dela, numa igreja local? A Igreja local não é tudo que podemos ser, mas nunca chegaremos ao que devemos ser, sem ela, porque Cristo assim o quer.
(Obs.: não reproduzi frases do livro, mas sua leitura foi inspirativa, bem como muitas conversas e vivências com muitos outros. Inclusivamente, com gente que está fora da igreja, mas sei que faz parte da igreja. Espero que voltem porque o Reino ganharia mais, e eles também.)
Gente que tem Jesus e que traz o Reino no coração, mas que com um olho enxerga o que a maioria não vê, e com o outro sofre algum embaçar sutil.
Precisamos perguntar e definir: De que Igreja estamos a falar? E, consequentemente, precisaríamos perguntar de que Jesus estamos a tratar.
A "ekklesia" a priori, nunca foi uma Instituição. Não se trata de organização, mas sim de um organismo vivo.
Desta Igreja, todos os que gostam de Jesus, gostam também, porque ela foi escolhida como um instrumento de revelação:
"A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais" (Ef. 3.10). "Regiões" onde estamos "assentados em Cristo Jesus" (1.3).
Até aqui não há nenhum problema com aqueles que gostam de Jesus e não gostam da Igreja institucionalizada.
Talvez começa haver algum incômodo quando falamos da diversidade de ministérios (Ef. 4.11), e ainda mais quando vemos que a Igreja orgânica requer uma vida em comunidade, onde as pessoas encontram-se para partilharem "salmos, hinos e cânticos espirituais" (Ef. 5.19).
Podemos e devemos fazer tudo isto de forma livre e informal? Pois sim, podemos e devemos.
Por outro lado, precisamos de um mínimo de organização e institucionalidade para viabilizar as marcas de um organismo vivo. Aliás, os ministérios e os relacionamentos exigem alguma "formalidade", até porque é próprio de alguns dons e ministérios.
A organização e até um organograma não devem-se opor a fluidez do Espírito.
A minha crítica pessoal a Igreja, da qual muitos não gostam, e até Jesus não aprecia, é aquela Igreja que se limita ao Domingo como dia santo, a um local único, a um horário e a uns poucos profissionais das bênçãos e do culto.
Ter esta igreja organizada e não ter a outra, faz de seus membros um grupo de associados corrompidos da proposta de Jesus. Mas, quem poderia julgar o nível de compromisso de seus membros individuais no dia-a-dia? Ainda que a Instituição não faça em conjunto, alguém pode estar a fazer, por si mesmo.
O Domingo, o local específico e um horário deviam continuar a existir, mas como treino e preparo para a Igreja mostrar-se durante toda semana.
Alguns "profissionais" deviam atuar como se seu trabalho fosse preparar os outros para o trabalho de cada dia, fora daquele horário e local.
Então, o problema não é ter a "Igreja Instituição". O problema é o reducionismo do papel da Igreja como agente de transformação ininterrupta e espalhada por casas, ruas, centro comerciais, empresas e escolas.
Quem gosta de Jesus, precisa lembrar que Ele fez uma promessa: "Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mt. 16.18)
Gostar de Jesus significa buscar meios de gostar da Igreja, apesar dela mesmo.
Senão, teremos um outro problema ainda mais sério. O problema de olhar tão de cima a Igreja pecadora, que se assume uma posição de superioridade tal que, nenhum ajuntamento ou organização de fé, é digna de participação.
Também precisamos ponderar que, aqueles que consideram suficiente a presença dominical e as contribuições pessoais como vida de Igreja, está emaranhado nas teias da religiosidade.
Então, vamos não apenas gostar de Jesus. Vamos amá-lo e também amar a Sua Igreja em suas múltiplas formas.
"Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a IGREJA DE DEUS, que ELE COMPROU COM O SEU PRÓPRIO SANGUE." (Atos 20.28)
Já que mencionamos o sangue de Jesus, há algum perigo que fere o conceito de salvação? Pois, há.
De um lado, estão os que acham que, somente os "membros locais", são dignos da salvação. Desvio este que faz a Igreja de Jesus, ser corrompida como se fosse em si mesma o caminho da salvação, e não a suficiência de Jesus.
E do outro lado, estão os que abrem as portas da salvação, de maneira tão larga que, supostamente, entram até aqueles que nunca confessaram a Jesus, como Senhor e Salvador (Rm. 10.9-10).
Ambos podiam ser confrontados com João 3.36: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele."
Quem julga ser a Igreja local único meio de graça, despreza a suficiência do Filho, e quem despreza a Igreja local, rejeita a Sua multiforme sabedoria para a salvação.
Portanto, vamos comungar a nossa fé juntos, e para isto precisamos nos encontrar, e quando nos encontramos, o Espírito Santo tem alguém para nos liderar. E assim, vamos avançar juntos, como uma instituição não engessada, mas organizada e orgânica.
E se alguém não se vê neste contexto, ou deverá encontrar algo assim, ou suportar em Cristo as limitações de sua igreja local, e fazer a diferença nela.
Afinal, há Igreja de Cristo no Novo Testamento, sem a expressão dela, numa igreja local? A Igreja local não é tudo que podemos ser, mas nunca chegaremos ao que devemos ser, sem ela, porque Cristo assim o quer.
(Obs.: não reproduzi frases do livro, mas sua leitura foi inspirativa, bem como muitas conversas e vivências com muitos outros. Inclusivamente, com gente que está fora da igreja, mas sei que faz parte da igreja. Espero que voltem porque o Reino ganharia mais, e eles também.)