Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

"Beija-mão"e Carnaval (Re-leitura de 1808 - Parte II)

A família Real fez uma escala em Salvador antes de chegar ao Rio de Janeiro, depois de exaustivos 3 dias e pouco de viagem. 

"Não vem ninguém de terra?" Questiona o D. João VI - o Príncipe Regente. João Saldanha da Gama - o então Governador - justifica ter impedido o povo a fim que tivesse primazia. Ao que contesta polidamente o Príncipe: "Deixe o povo vir como quiser, pois deseja ver-me". 

"...À noite, a comitiva real se recolheu ao Paço do Governo. Seguiu-se uma semana de música, dança, espetáculos luminosos pelas ruas da cidade e longas cerimônias de beija-mão, nas quais o príncipe regente recebia, pacientemente, filas intermináveis de súditos..."

O Brasil nasceu neste contexto de festa, muita festa, honrarias ao Príncipe, nem que seja somente para "tirar uma selfie" - ou melhor, um "beija-mão". 

As coisas mudaram? Nem no Brasil, nem em Portugal. 

Faz parte da alma brasileira "paparicar" tudo que é europeu e aumenta a impressão que gostam os portugueses da posição de colonizadores. Parece que ficou no "inconsciente coletivo". 

Esta postura subserviente é castradora porque é mentirosa. Os dois lados trazem razões que merecem ser honradas, e coisas a serem reprovadas. 

E a festa? É uma maravilha perigosa, que pode alucinar. Sabemos "beber-com-moderação"? Que o diga nossos carnavais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário