Jesus serviria como referência para o mundo "coach"? Ele treinou 12 homens, e terminou sozinho, num primeiro momento.
Alguns diriam: Ele revolucionou o mundo com esses doze. É verdade. Somos fruto desse primeiro investimento que desencadeou mundo afora.
No entanto, quero pensar somente nos últimos dias de Jesus. Posso?
Ele tinha 12 discípulos e nenhum deles foi até o fim. Os últimos dias de Jesus não servem como referência para o mundo "coach" de hoje. E minha intenção aqui não é ver nada positivo, senão a perseverança e a fidelidade do próprio Mestre.
Estou a viver meus últimos dias como pastor da Iec Fidelidade. E penso que muitas coisas poderiam ser muito melhores. Passei agora pouco numa rua onde algumas casas foram alcançadas e nenhuma daquelas pessoas queridas permaneceram. Ontem a presença no culto foi baixíssima. O que tem-se tornado muito comum. Tínhamos mais visitantes que gente que pensa estar. Mas, todos pensam que estão muito bem assim. É horrível depois de 19 anos de pastorado ver um monte de gente fazendo tudo diferente do que você discipulou por vezes.
Eu não tenho que celebrar? Tenho muito, mas não é a proposta dessa reflexão. Quero deixar claro que treinar não é garantia absoluta do sucesso da continuidade. Treinar é apenas é um meio da graça, graça que incondicionalmente não deixa morrer a semente da Igreja, porque um dia Deus amou-nos em Cristo e prometeu alcançar todas famílias da terra.
Investir não é tão seguro como alguns ensinam. Discipular é um risco. E se você ficar sozinho no final?
Somente vale quando o discipulador persevera, quando quem ensina vive em fidelidade mesmo que os seus discípulos desistam.
O foco aqui é o Mestre. Jesus não desistiu. Sua fidelidade não foi condicional. É assim que precisamos combater o bom combate, até que nos venha o tempo da coroa incorruptível.
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