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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Cola-cola, Religião e 25 de Abril

A censura foi a primeira grande concorrente da Coca-cola em Portugal. Aquela novidade gaseificada e doce, que já circulava nos cafés, foi tida com uma droga pelo governo de Salazar, que se utilizou da incrível frase de Fernando Pessoa para proibi-la. 

"Primeiro estranha-se, depois entranha-se". 

Assim, vivia Portugal com tantas proibições, o que só atrasou o desenvolvimento, até que eclodiu 25 de Abril de 1974. 

Penso que uma das problemáticas das proibições é que os ajuntamentos religiosos eram permitidos, o que gerou a mentalidade errônea de que "Deus e a Igreja" eram subprodutos da Ditadura. 

Sendo assim, infelizmente, há aqueles que se arrogam no direito de denunciar como radical e ultrapassado, os valores básicos da família, e alguns princípios que não deviam ser rejeitados, necessariamente, em nome de uma suposta liberdade.

A Revolução dos Cravos não significa "jogar fora a água suja com o bebê". Até para fazer Festa, nós precisamos saber que tipo de liberdade estamos a construir.

Enfim, a Cola-cola Portugal já entranhou. O que mais Portugal estranha, e que precisa entranhar? 


Segue no Instagram: @vacilius.santos

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