A angústia pode ser uma bênção? Sim.
A angústia pode ser uma oportunidade de maior dependência de Deus, uma oportunidade em contar com a generosidade de alguém, e uma oportunidade em desfrutarmos de solitude.
A angústia não pode ser associada apenas com os piores dos sentimentos, como se fosse apenas inibidor e depressivo.
Naturalmente, num primeiro momento a angústia fere-nos, incomoda-nos, tende a deixar-nos sem reação e alienados.
Por quê?
A angústia aperta o coração, pressiona a alma, traz tons mais escuros ao nosso olhar. É como se estivéssemos a ser esmagados e as nossas forças esvaem-se.
E, então?
Então, voltamos aquela oportunidade de maior dependência de Deus, contar com a generosidade e empatia de alguém e, também, desfrutarmos de solitude.
Tudo isto é um movimento proativo em meio a um tempo que tende a ser de passividade, e por isso, é preciso haver decisões e abertura.
Estamos tão fracos e vulneráveis que não conseguimos orar? Então, confessamos a Deus que não queremos nem falar com Ele e estamos em dores e desanimados. Na contramão de nossos sentimentos perseveramos em oração.
A outra ação tão fundamental é contar com os outros.
Contar com os outros? E se os outros não forem proativos? Neste caso, devemos ser nós a pedir ajuda. Bater à porta e abrir o coração. Dizer: "Eu preciso de ajuda!"
Para além de Deus, da ajuda do outro, precisamos da nossa própria ajuda. E a encontramos no tempo de solitude.
Os tempos de angústia acabam por serem terreno fértil às reflexões. É uma oportunidade natural em rever, ponderar, reconsiderar...
Enfim, com toda a esperança que não vem de nós próprios terminamos este tempo com as palavras do Apóstolo Paulo em 2 Co. 4:9-11:
"Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
INSTAGRAM: @vacilius.lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário