A Invasão da Ucrânia não pode nos cegar, inclusivamente, de que há sérias consequências para os próprios russos, e a nossa humanidade e bom senso não nos permitem celebrar que os russos vivam isolados novamente, e amarguem duras penalidades.
Há muitas mães a chorarem na Ucrânia, entretanto, muitas delas também choram do outro lado as perdas deste desatino.
Não podemos nos esquecer da Síria cuja Guerra já dura por 11 anos. O que dizer da Palestina? Por que ninguém mais fala na Venezuela? E também não podemos deixar que a África fique ainda mais abandonada.
Queremos fazer o bem aos ucranianos? Fazemos bem.
Por outro lado, não devemos tratar as necessidades a nossa volta como, algumas vezes, tratamos as doenças crônicas. "É mesmo assim! Não há o que fazer. Um paliativo aqui, outro ali, e vai-se vivendo."
A Igreja, as Ongs, as Agências Missionárias, os próprios missionários, o ser humano com coração, não podem se esquecer de que existem por uma razão e não devem se desviar do que devem fazer, só porque todos estão a correr numa só direção.
A necessidade emergente está aí, e devemos abraçá-la, no entanto, vamos seguir em nosso foco. Vamos avaliar. Vamos agir com clareza.
Muito cuidado para não sermos engolidos pela tirania do urgência emergente. Muito cuidado para não usarmos os ucranianos para a autopromoção e nos desviarmos fazendo o bem.
Enfim, bem-vindos aos ucranianos, mas não nos esqueçamos do necessitado à nossa porta.
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