Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



quarta-feira, 25 de março de 2015

Teologias de nossos dias...

Hoje se faz teologias bizarras, esquisitas e até cômicas não se falasse de coisas sérias...

Teologia da "Bolha" é aquela que ensina o caminho da vaidade. Quanto mais você conquistar nessa vida, mais você tem o sinal da bênção de Deus.

Teologia da "Liga da Justiça" é aquele que define qualquer inimigo pessoal sob o rigor da antiga aliança, ou seja, quem se opõe a mim deve ser julgado pelo Senhor. E então se pede a Sua justiça na perspectiva da vingança.

Teologia da "Esquerda à la Brasil" defende aqueles se olham como intocáveis por causa de uma posição e não se vêem passivos de erro; antes, porém, são aparelhados por gente "sua" que só fala a verdade a favor.

Teologia do "Pó" evoca o julgamento de Deus para que alguns sejam levados ao pó para que se convertam dos seus maus caminhos. E então assumem o papel de Deus e sugerem a Ele o caminho das dores para alguém.

Teologia da "Troca" se propõe a generosidade porque pode se ganhar em dobro.

Teologia do "Esconde-Esconde" é pregada pelos "desigrejados". Eles estão como ratos em todas as igrejas por aí, mas nunca fazem aliança em nenhuma.

Teologia da "Self-Unção" que assumem aqueles que se fazem pastores, missionários e cantores em seu próprio nome e pra si mesmos. 

E a Teologia Bíblica? Genuinamente bíblica? Onde as Escrituras pelas Escrituras? Precisamos de uma nova Reforma na Igreja Brasileira.

terça-feira, 24 de março de 2015

O que causa o desânimo? Que tipo de desânimo?

Você já percebeu que existe o "desânimo apático" e também o "desânimo camuflado". Isso se entendermos desânimo como a falta do fôlego que vem de Deus. Esse desânimo é o afastamento do Pai.

O "desânimo apático" é aquele que todo mundo percebe, pois se caracteriza pela apatia desfigurante, pela inércia que petrifica, engessa. 

Essa situação de apatia provoca complexos profundos de incapacidade, e normalmente vem somado a muito sono. 

É muito perigoso porque nessa situação a depressão bate à porta. 

Por outro lado também encontramos um desânimo que não tem cara de desânimo. Mas, ele também o é porque implica afastamento do Pai. É a falta de fôlego que vem do alto. É, portanto, um "desânimo camuflado". Aparentemente está tudo bem. 

"Aparentemente" não no sentido de hipocrisia, mas porque a própria vítima pode ainda não ter percebido que está sendo engolida por uma situação asfixiante. 

Esse desânimo vem acompanhado de muita agitação, de ansiedade desgastante. 

Um ritmo assim por algum tempo provoca o stress, a insônia, a irritabilidade. E sem perceber a pessoa já se encontra numa situação de independência de Deus. O que implica numa arrogância sutil e consequentemente em decisões precipitadas.

Veja que os dois tipos de desânimo são manifestações de falta de fôlego no Senhor. Respira-se menos do Senhor, da sua Palavra e Vontade. 

O que é mais interessante ainda é que Jesus associa essa falta de ânimo com a falta de oração. 

Então seria a oração a causa do desânimo? Sim. Quem não ora tem menos fôlego pra seguir na caminhada (Lc. 18.1, 8).

segunda-feira, 16 de março de 2015

Não queria encarar essa semana...

Ontem à noite eu me deitei com "síndrome da segunda-feira estendida". Eu não queria enfrentar a minha semana. Cada item da minha agenda, e de possibilidades, me desencorajaram. 

Eu queria ter uma lacuna. Queria dormir a vontade, sem nenhum compromisso. Queria acordar sem pendências. Inclusive preferiria acordar num outro lugar. 

Dormi. Minha noite foi incômoda. Acordei algumas vezes. O único pesadelo era  de precisar acordar.

Acordei. Re-comecei a rotina, as tarefas... Continuei a vida. Caminhei, caminhei, caminhei por 1 hora. E sem pretender, a medida que caminhava, comecei a conversar com o Pai. 

A conversa tinha outro tom e tomou o rumo da normalidade. Eu não estava mais querendo fugir. Eu queria ajuda para seguir. 

Abri o meu coração. Falei sobre meus dilemas. Mencionei pessoas e dificuldades. Visualizei coisas boas, boas possibilidades. Olhei para os bens que desfruto graciosamente. Então, enxerguei os desafios com o olhar de um atleta. 

O banho foi, na verdade, um banho de água fria sobre o meu desânimo. Acordei. Estou aqui pra falar pra você ir caminhar também, pra falar com o Pai, e depois do banho... você será outro. E então poderá dizer: "Havia uma pedra no caminho... Havia..."

Boa semana em Cristo Jesus!

Por que o pecado não é bom?

Por que o pecado não vale a pena? Por causa de suas muitas consequências? As muitas consequências são secundárias.

Há uma consequência vital que nos faz entender que o pecado não é ruim somente porque sofremos algumas perdas, mas principalmente porque ele se propõe a nos afastar do Pai.

Sendo assim, o pecado em si mesmo é nocivo. Não porque perdemos qualquer outra coisa, mas sobretudo porque "perdemos" o Pai.

Assim, acontece em outras áreas. Por que o adultério não vale a pena? Porque quem adultera perde a comunhão plena e espiritual com o seu cônjuge também. 

Por que não valeria a pena brigar? Porque perdemos a comunhão com que está por perto. 

É isso que o pecado faz. Ele nos separa de quem amamos, de que nos ama, de que nunca deveríamos nos afastar - ainda que somente quem está pecando saiba. Afinal, relacionamento não o "tato da alma"?

O pecado não precisa ser conhecido para que percamos a comunhão. Aqueles que pecam em oculto trazem dentro de si mesmos a revelação e o incômodo da perda da comunhão. 

Não vale a pena pecar. Perseverar no caminho da santidade é mais difícil, mas nos dá o bom gosto do partir o pão de alma satisfeita.

quinta-feira, 12 de março de 2015

E se não sentir o pecado?

O sentimento de pecado é a garantia do arrependimento? Não necessariamente. A tristeza não é sinônimo de arrependimento. Ela pode até ser um sinal, mas não é a mesma coisa. 


E a falta de sentimento de tristeza? Pode produzir alguma coisa boa? Depende. 

Imagino aquele momento em que você está insensível para se entristecer, mas toma um passo de honestidade e então confessa: "Senhor, eu não estou triste, pelo contrário, gostaria de seguir nesse mau caminho. Preciso que o Senhor me entristeça. Só estou triste por não estar triste."

A tristeza que produz arrependimento é necessária, mas quando ela falta o que Deus espera de nós é honestidade e não "lágrimas de crocodilo". 

terça-feira, 3 de março de 2015

Deus: o grande desestabilizador? Por quê?

Você já percebeu que normalmente alguma coisa bem planejada sai do controle?

E quanto acontecem as catástrofes? 

Vidas são mudadas completamente por causa de circunstâncias imprevisíveis e não controláveis. E também o são por causa de boas notícias. 

Desde um bebê que veio lindo e plenamente saudável até um acidente fatal. 

Uma família órfã de um mantenedor, ou o acréscimo de uma promoção. 

Um filho que agora será criado sem a mãe. Um adolescente que se tornou sozinho, de repente. Uma jovem senhora que não sabe bem pra onde ir porque o seu castelo real de uma família, se desmoronou. E o trabalhador que empreende, investe, e logo em seguida perde o emprego? Não gosto nem de pensar numa mudança não planejada. 

E o filho que não veio? E aquele veio sem ser "chamado"? Até uma mudança boa, mas inesperada pode entrar no viés das mudanças impostas "lá de cima".

Rumos alterados, destinos confrontados, decisões impostas pelas circunstâncias. E não se vê uma saída. Aliás aquela que se vê é a opção que se evitou, e não se queria.

Onde Deus? Por quê? A vida de gente séria, temente e cuidadosa também precisa ser alterada drasticamente?

Existem muitas respostas. Eu gostaria de compartilhar sob a perspectiva da Soberania prática e do temor. 

Deus fez o homem para temê-lo e buscar a vontade dEle. Então o homem "faz e acontece" sozinho. 

Gosto de pensar que muitas dessas mudanças é um chamado do Senhor para o lugar de onde não devíamos ter saído: a sua boa, perfeita e agradável vontade. 

Onde você se encontra? O que precisa acontecer em sua vida pra perceber o lugar para o qual você foi feito: o "colo" do temor do Senhor. 

(Obs.: também não acredito que todas as mudanças acontecem sob essa perspectiva).