O cuidado é um instrumento da graça de Deus a qual encontra o esforço humano, aquela disposição em lutar, enfrentar, não se permitir ser o mesmo, ainda que a força seja pouca.
Neste caminho há algumas questões básicas:
1. O perdão, naturalmente, existe porque há falhas, pecados, equívocos e injustiças. Entretanto, ele não brota livre e facilmente quanto o pecado. Custa muito!
2. O perdão precisa ser construído num processo de cura que é derramado, paulatinamente, quase que gota a gota.
3. Precisa haver uma decisão em partilhar a mesma graça de que se desfruta. Vou perdoar porque primeiro sou perdoado em Cristo. Uma condição que nivela a todos nós.
Neste processo entra a boa mão do cuidado, ou melhor, os braços que abraçam e acolhem, os ouvidos que - atentamente - se inclinam a beber cada palavra, cada partilha. E por trás um coração pronto a amar.
É neste contexto de graça e amor, onde acontecem as lutas, os esforços e a dedicação, tanto de quem está com o coração em pedaços porque foi traído, magoado, entristecido, como também daqueles que, com um coração pronto, sofrem com os que sofrem.
Não é assim o cuidado? Nunca daquele que está acima, intocável, mas sim, por parte daquele que mergulha no mesmo pântano, com um pé de fora, numa rocha, onde se apoia e soergue aquele que nele está atolado, pois afinal, um dia já lá esteve.
Você precisa perdoar? Busque ajuda e prove da graça que abraça, cuida e liberta.
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