Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



domingo, 18 de julho de 2021

Ser abraçado na Solitude

Como tratar do nosso coração? Como enfrentar o sofrimento? Como ser renovado na esperança? Como não permitir murchar completamente? Como ver brotar um ramo numa árvore seca?

Dentre outras possibilidades, cultivar a solitude é um caminho necessário que pode cooperar e sustentar outras ações. 

"O sofrimento traz paciência... e a paciência traz a perseverança, e a perseverança traz a esperança, e essa esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (Rm. 5:4-5)

A partir deste texto veja o que comenta Henry Nouwn:

"Na solitude, conhecemos o Espírito que já nos foi dado. As dores e lutas que encontramos em nossa solitude tornam-se assim o caminho para a esperança, porque a nossa esperança não se baseia em algo que acontecerá depois que nossos sofrimentos acabarem, mas na presença real do Espírito curador de Deus em meio aos sofrimentos. A disciplina da solitude permite-nos entrar gradualmente em contato com esta presença esperançosa de Deus em nossas vidas..."

Refletindo a partir destas palavras de Henry Nouwn apreendemos que a solitude está intimamente relacionado com um bálsamo especial que alivia e renova. 

Não podemos lutar sozinhos. 

Precisamos de pessoas queridas, precisamos de amigos, precisamos de boas leituras, precisamos de tempo de convívio, precisamos ouvir especialistas, precisamos ouvir gente do povo, precisamos estar atentos ao que acontece a nossa volta, precisamos trabalhar e honrar nossos compromissos, precisamos comer e beber, e precisamos igualmente de solitude.

Separe um tempo para si, consigo mesmo, e desfrute da doce presença do Pai das Luzes, em quem não há sombra de variação, e que é o galardoador daqueles que O buscam. 


Instagram: @vacilius.lima

sábado, 17 de julho de 2021

A Importância da Geografia na Solitude

Quem não gosta de Jardins? Quem não seria atraído a admirar os montes e as montanhas? E eles são ainda mais incríveis quando lá estamos. É onde queremos "tocar". 

Não é incrível caminhar entre plantas e flores, e sentar-se no relvado? As montanhas não são ainda mais fantásticas quando lá de cima os nossos olhos ganham um poder de alcance impressionante? 

Outra particularidade dos jardins e das montanhas é que eles nos lembram que Jesus deles desfrutou. 

Jesus derramou a sua alma no Getsêmani. Jesus foi ao monte não só para pregar, mas fazia parte de sua agenda de oração. 

Todos nós precisamos de um “monte”  para onde possa fugir e de um “jardim” onde possamos chorar as gotas de sangue.
 
O “monte” é o local e tempo em que não é permitida a influência direta de ninguém. O ideal é seja offline. Se vamos ao “monte” conectados, recebemos todas as influências que invadem e bloqueiam a nossa pessoalidade. As conexões precisam ser interrompidas. Aquele tempo é dedicado a oração e auto-reflexão. 

Não pode ser só de oração porque precisamos ficar quietos e ouvir, nem pode ser apenas de reflexão porque derramamos nosso coração.

Este "monte" pode ser o nosso quarto, especialmente quando sozinhos fechamos a sua porta e ali somos vistos pelo Pai que está e nos recompensará em secreto.

E os jardins? Onde podemos encontrar o nosso Getsêmani? Aliás, o nosso “Getsêmani” é o jardim onde a nossa alma será melhor derramada. 

E se vamos online ao “jardim”? Não seremos capazes de “chorar” o nosso choro, as nossas próprias angústias, antes as dos outros.
 
Quantos conflitos, irritabilidade, tensões e percalços porque estamos cheios de coisas que deveríamos ter semeado em nosso jardim mais pessoal.
 
A geografia ajuda muito, mas um lugar e um tempo sem interrupções, ligações, mensagens, precisam ser – intencionalmente – criados por nós.
 
Qual foi a última vez, offline, que você subiu ao “monte” e entrou no “jardim”?