A hospitalidade deveria ser parte de nosso dia a dia, pois nos permite vivenciar muito do que ouvimos e cantamos no Domingo.
Aliás, deveria ser uma porta de continuidade de nossa liderança, que ora serve, ora desfruta do servir dos outros.
"Servi uns aos outros..." (1 Pe. 4.10) é um daqueles mandamentos de mutualidade. O servir propõe ao outro desfrutar, assim tal como o outro também servirá ao desfrute daquele que serviu.
Stephen Crawford, num artigo da CBMW.ORG fala sobre a tendência da descontinuidade entre um domingo e outro, durante a semana. Ele escreve:
"Como criamos um senso de continuidade entre os cultos dominicais e toda a vida cristã? Ou, dito de outra forma, como podemos lutar contra a sensação de descontinuidade que muitos adoradores de domingo sentem entre o que acontece nos santuários no Dia do Senhor e a "normalidade" do resto da semana? Como nós, como cristãos comuns, permitimos que o sagrado se espalhe para o dia a dia? Uma resposta está na maneira como vemos nossas casas e praticamos a hospitalidade. O ato de hospitalidade permite que a sacralidade da adoração cristã e a realidade da mensagem do evangelho se espalhem no dia a dia, e nos faz ver muitos dos deveres domésticos e da rotina como lugares onde a ética do reino de Deus realmente prevalece de nossos corações e vidas."
A expressão que gostava de pinçar é: "senso de continuidade". A hospitalidade une um domingo e outro. Ela traz a oportunidade do servir mais básico.
Jesus, o nosso Mestre, ao qual devemos ser moldados, lavou os pés dos discípulos (João 13.1-17). O ato de lavar os pés era um ato comumente usado numa atitude humilde em dizer: "És muito bem-vindo!" O "lavar os pés" contextualizado às nossas maneiras de melhor fazer, é um sinal contundente de hospitalidade.
No preparo da casa, das refeições, do ambiente, sempre haverá um espírito de servo que não pode ser apenas de um. Toda a família que aprende a alegrar-se com a hospitalidade cresce em comunicação, partilha e servir mútuo.
O servir não acontece sozinho. Ele vem com o fruto do Espírito. É uma rica oportunidade de partilhar o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl. 5.22-23).
Aqueles que recebem as pessoas em casa sabem o quanto é um ambiente oportuno de cultivo do fruto do Espírito, pois há tensões e bênçãos prévias e posteriores, e quiçá haverá enquanto estamos a receber.
Que tal "oportunizar" a sua casa, e a casa de outros com a sua visita, a bênção da continuidade não apenas do servir, mas também do desfrutar?
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