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sábado, 11 de julho de 2020

Quem Não Trabuca?


Hoje foi um dia incrível. Despertei por volta das 6h30m, e logo defini qual seria a minha agenda.

As coisas começaram a mudar, quando desci ao encontro do meu novo vizinho, e depois de algumas palavras, ele disse-me que ia começar a apanha de batatas.

Ao que me ofereci: “O vizinho permite que eu o ajude? ” Então, foi-se a minha manhã de sábado, numa agenda que desconhecia.

A certa altura, ele afirmou: “O vizinho hoje vai comer sardinhada.” Daí, sentei ao redor de uma grande mesa, espalhadas por ela mais 5 pessoas, e desfrutei das sardinhas com as batatas colhidas há poucas horas, e do que não falta a uma casa portuguesa, o vinho, e este devia ser degustado com respeito, porque era caseiro.

Conversa vai, conversa vem, e a senhora exclamou: “Quem não trabuca, não manduca.” Pedi explicação, e partilhei a versão paulina com eles: “Se alguém não quiser trabalhar, não coma...” (2 Ts. 3.10).

“Quem não trabuca, não manduca” também serve ao nosso trabalho missional. É preciso suar para chegar ao coração do povo. Sem vivenciar a realidade do povo, nossa mensagem não será ouvida.

“Quem não trabuca, não manduca” deve aplicar-se aos nossos filhos. Desde tenra idade devemos partilhar tarefas, as quais devem ser recompensadas, para que seja gerado o senso social da “paga do trabalho”.

“Quem não trabuca, não manduca” é antes de tudo, a experiência do próprio Deus em Cristo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo. 5.17).

Diante de uma "siesta" tão merecida, tendo feito algo importante, minha tendência é  pensar em alguma dignidade pessoal, de que as coisas aconteçam. Nada, nada disso!

“O trabalho da sua alma ele verá, e ficará satisfeito...” (Is. 53.11). É nEle e dEle, a realização.

Eu hoje só fui capaz de apanhar batatas, e almoçar sardinhada, porque a promessa de Deus, em Cristo Jesus, não falha.

Por outro lado, já sei que ainda há muito trabalho. Muito trabalho para que eu não apenas associe “Quem não trabuca, não manduca” com “Quem não trabalha, também não coma”, mas que saiba explicar o significado de cada termo, e porque surgiram. 

Não estou a referir-me apenas ao significado em latim: “trabucar” = trabalhar. E “manducare”, que é comer com as mãos – num tempo em que não se usavam talheres.

Por hora, só sei que o dito popular, vem da região de Castelo Branco, uma região que nem sequer visitei. Ah, falta muito, ainda falta muito, para eu chegar aos pés da humilhação de Cristo.

8 comentários:

  1. Muito legal Vacilius. Que outras oportunidades venham e sejam pontes
    de travessia para o propósito final. Abraços a toda a família.

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  2. Que privilégio desfrutar das tuas experiências. Glórias a Deus!

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  3. Eita Deus maravilhoso !!! Cheio de novidades e boas!!! Estejam sempre a disposição do Senhor!

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  4. Ainda bem que vc explicou,senão eu ia ficar sem saber até agora,quem não trabuca não manduca,esse nosso Deus é maravilhoso

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  5. Glórias a Deus pela sabedoria que ele tem dado a vc.

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  6. Boa Vacilius, ter uma agenda flexível é muito importante para aproveitar as oportunidades de criar relacionamentos íntegros e encontros facilitadores para transmissão da mensagem.
    Que o Senhor continue a lhe dar estas oportunidades.

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  7. Wow, amigo Vacílius, parabéns!
    E muito obrigado pela partilha...

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