Ele continuou: "1º- Como o Deus Todo Poderoso pode permitir que o diabo coloque uma enfermidade no corpo dos seus servos, dos seus filhos; pois eu jamais permitiria ou colocaria uma enfermidade no meu filho. Existe um versículo bíblico que diz que se um filho nos pedir pão eu não lho daria uma pedra, Jesus disse que nós somos maus e não deixamos nossos filhos sofrerem, mas como pode Deus deixar, pois existe crianças acometidas por enfermidades que nem sabem porque estão assim."
E argumentou ainda: "2º - Se não for Deus que permite acontecimentos ruins em nossa vida, quem poderia fazer-nos mal, seria o diabo? Mas se Deus quisesse poderia impedir sua forma de agir. Teria o diabo "poder" para nos causar tanto mal? E Deus só irá vencê-lo nos últimos dias apocalípticos?"
Ele ainda citou: "Um exemplo cruel é a morte de João Batista, que teve a sua cabeça retirada do corpo. Será que Deus faria isso ou foi obra exclusiva de homens maus ou do próprio inimigo de nossas alma?"
AO QUE RESPONDI:
"Precisamos enxergar a questão do mal como uma moeda de dois lados. De um lado está o diabo, homens maus, e algumas circunstâncias naturais. As circunstâncias naturais são um mal que não precisa ter a ação do diabo necessariamente. Elas são apenas naturais. Aqui há espaço inclusivamente para aquelas consequências de sofrer um choque térmico para quem sai do forno e abre a geladeira. O que Deus ou o diabo tem a ver com isto?"
"Nesta categoria do mal, vale à pena lembrar das palavras de Jesus: "No mundo tereis aflições... (Jo. 16.33).
"O outro lado da moeda é o Deus de amor, cujo amor leal, usa tudo a favor dos Seus propósitos soberanos. Então, até o diabo, os homens maus, e o próprio mal, podem estar a Seu serviço em algum momento. Porque Ele é Soberano e controla todas as coisas. As coisas ruins não tem um fim em si mesmas. Deus pode promover um bem maior em meio as dores, ainda que desconhecemos. Precisamos confiar.
"Nisto vale à pena lembrar que vivemos por fé, e a fé não trabalha com base naquilo que vemos (Hb. 11.1). Confiar no amor leal de Deus precisa estar acima das circunstâncias.
"A vida de Jó pode ser uma boa lembrança desta realidade, de um Deus Soberano e de filhos que vivem por fé, e descansam em Seu amor leal."
"Que o Senhor o fortaleça, e renove a tua fé".
(Obs.: A minha resposta foi informal e superficialmente básica, pois esta questão merece pesquisar um pensador antigo (Santo Agostinho), um filósofo moderno (Paul Ricouer), e alguns pensadores atuais como Luis Sayão).