"Ser digno" me faz lembrar da Ceia, privilégio que não podemos desfrutar indignamente (1 Co. 11.27).
Então a dignidade da nossa vocação e da Ceia dependem do nosso esforço? Temos mérito em nós mesmos diante da graça. A graça não é tão graciosa assim? A graça de Deus depende do esforço do homem?
E o galardão? Não seria ele a recompensa pelo nosso esforço? O galardão não seria uma classificação de méritos pessoais? (2 Co. 5.10)
A graça, favor que não merecemos, exige que a mereçamos em parte?
Não é nada disso? Então o que é? Como conciliar a graça de Deus e o mérito do homem? Há dependência entre a recompensa e a dignidade?
A graça de Deus não retira em nenhum momento a responsabilidade do homem em responder positivamente ao seu apelo. E a responsabilidade do homem não é uma força meramente humana. O homem que consegue responder, viver dignamente, "merecer" a graça, sem saber por ela já foi alcançado.
Então "ser digno" da vocação, participar dignamente da ceia e ser recompensado são manifestações da graça que não merecemos por mais que mereçamos.
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