"Jequitibás e Eucaliptos" é o título de um livreto de Rubem Alves.
Assim como o Eucalipto está pronto para corte dentro de 5 anos, o professor - numa perspectiva apenas profissional - também fica pronto dentro de pouco tempo.
E o Jequitibá? Este demora 50 anos para o corte. Ele é "madeira de lei". Não se trata de mera profissão ou cargo.
Jequitibá é o educador, comprometido com todo processo do ensino-aprendizagem. Ele não é forjado apenas nos livros, mas na vida.
Lembrei-me disso, e então dei um pouco mais de asas a esta reflexão, numa linguagem emprestada da agronomia.
O que é necessário para se tornar um Jequitibá? Estar acima da média. O tempo tem parte neste processo, mas alguns pressupostos são inevitáveis:
É necessário CAULE - condutor dos nutrientes e da água.
É necessário SEIVA - sistema vascular. É a alma. É o CARÁTER. É coerência entre o falar e o andar, mas que a princípio ninguém pode ver.
É necessário REGAR, pois sem cuidado da leitura, da reflexão, da oração, da confissão etc, não há crescimento, e os frutos ficam comprometidos.
Embora não se pode ver o caráter, pode-se ver o fruto que dele procede.
Que tipo de professor somos nós? Está sendo forjado em nós um Jequitibá, um Educador por excelência?,
O Salmo 1 fala sobre o cuidado com o caráter: "Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos pecadores." (1.1).
E também fala da importância do cultivo, para que haja bons frutos: "Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita de dia e de noite." (1.2)
Vamos FRUTIFICAR!