"Oh! Que saudade que tenho... da minha infância querida. Que os anos não trazem mais!"
Para Casimiro de Abreu (Romantista Brasileiro) eram às sombras das bananeiras, debaixo dos laranjais. Uma leitura da vida nessa vida.
Minha leitura agora é um pouquinho outra: Que saudade daquela correria detrás dos carros. Que saudade daquelas histórias doces e cativantes ao som de um "béééé" tão real, que nem parecia a Professora. Que saudade de dormir na hora da pregação sem ser incomodado...
O que era a Igreja pra mim? Uma grande diversão e um lugar para aprender boas coisas, e cantar pra um "Deus desconhecido". Mas, era um bom lugar. As crianças como eu tinham o seu espaço.
Pena que crescemos e logo perdemos o nosso lugar. A Igreja não soube dar continuidade. Éh! Isso mesmo que costuma acontecer. Os juniores não são notados. E quando os percebem já são adolescentes, e passam mais a serem criticados e não compreendidos. E quando jovens já não mais estão lá!
A Igreja precisa ser esse lugar bom para se estar, sempre. Senão será mais uma saudade perdida. Mas se um dia foi bom, há esperança.
Quem sabe essa saudade perdida não alimente o coração de esperança? E um dia Aquela que deixou saudades possa abraçar novamente o filho que se perdeu em si mesmo, e deixou o seu lugar.