O que deveria ser a nossa suposta encarnação em missões? O que foi a encarnação de Cristo?
Jesus, o nosso modelo, despiu-se da sua glória e assumiu a forma humana, tornando-se um como nós, os homens. Não apenas tal como os homens, antes sendo propriamente homem entre os homens (Fp 2.7-8).
Deixo-vos dois grandes exempos do que poderia ser uma réplica da encarnação de Cristo na obra missionária:
O pastor americano Robert Woodberry Sheppard, missionário metodista que se estabeleceu na cidade de Piracicaba, São Paulo, comprou um túmulo ali cidade para se identificar com o povo.
Hudson Tayor, fundador da China Inland Mission (hoje conhecida como OMF Internacional) marcou as missões por se identificar de maneira tal com os nativos, que se vestia das mesmas roupas e deixou crescer o cabelo.
O que fizeram eles?
Eles não apenas se despiram de onde moravam. A mudança não foi somente geográfica. Tal como Jesus ele usou as sandálias e bebeu da água do povo que os recebeu.
Nenhum missionário será capaz de comunicar de maneira clara o Evangelho de Cristo, se antes não se identificar com os costumes e o estilo de vida do povo que o recebe.
A postura crítica no lugar de atitude de aprendiz, só fecha as portas.
E tudo começa com pequenos gestos, pequenas adaptações, pequenas renúncias e um ato de admiração por quem nos recebe.
Assim, vivemos em Mouraria de Tornada, uma pequena Aldeia (Vila) portuguesa, onde aprendemos a ter cabras, galinhas e horta. É o que mais chega próximo da realidade dos aldeões.
E um bom caminho para a boa aculturação não é fazer de conta de gosta, é gostar de verdade, amar, acarinhar, abraçar, enfim, viver.
Que Cristo e as verdades de sua encarnação, possam nos levar a identificação com Ele mesmo e com o povo a quem servimos. Maranata!
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